No outro dia, partimos por umas nove da manhã. Eu não quero ser torturada, quero sentir algo, qualquer coisa sem ser essa tristeza e solidão que tomaram conta de mim. Bom, não era de se esperar menos. Meus amigos queriam me matar, Meus pais foram assassinados, Fui sequestrada por um Cospobre de coringa. Jeff vai me arrastar para algum lugar distante e bom para me torturar. Um lugar onde possa me torturar, me caçar e me torturar novamente. Está tudo acabado para mim, não tenho mais chance. Não quero mais isso, não quero viver e também nem ser brinquedo de um psicopata. Eu tenho cicatrizes em minha mente. Minha alma está vazia, é como se eu estivesse me afogando, a água entra e queima meus pulmões, tira meu ar e me mata aos poucos. Eu realmente não quero continuar desse jeito. Quero me sentir viva, forte, disposta. Não quero estar como estou. Cansada, morta, fria, derrotada. É como se eu estivesse esperando ele cansar de mim e acabar com meu sofrimento, é uma espera dolorosa. Mas tem algo errado, quando ele está perto de mim, não me sinto mal. Eu deveria sentir nojo, tristeza. Mas me sinto bem, compreendida. Então eu não fujo. Eu não quero perder isso, eu quero entender essa sensação que ele me dá. Preciso que ele alivie a minha dor, nem que seja me torturando. O que eu tenho certeza que ele vai fazer. Só me resta continuar esperando. E torcer para nem que seja a dor física Liberte minha alma.
Depois de mais e mais horas de estrada eu acabei cochilando. Tive um pesadelo, foi horrível.
Eram 3:00AM e eu estava entrando em casa, tudo parecia no lugar mas havia algo diferente, uma energia diferente, uma energia ruim, como se me puxasse para o chão. De repente, ficou frio e eu fiquei ofegante. Minhas pernas estavam pesadas, mas isso não foi o pior. Quando eu vi meus pais foi pior. Eles estavam mortos, pálidos e tossindo sangue. Eles se viraram para mim como animais famintos e correram em minha direção, me jogaram no chão e começaram a rasgar minha pele, comer meus órgãos, minha carne. Eu gritava por ajuda e ninguém aparecia. A dor parecia nunca acabar e o tempo não passar. Até ele aparecer, o homem nas sombras, assim que eu vi que havia alguém ali, eu acordei.
Acordei ofegante e apavorada. Jeff olhou em minha direção e sorriu.
—Pesadelos, Ratinha? Me conte, talvez eu possa torná-los realidade.—Ele falou com uma voz sombria, mas consegui ver que ele realmente se diverte em me ver sofrer.
—Vai pro inferno. —Eu falei passando as mãos no rosto, tentando esquecer aquela visão.
—E da onde você acha que eu vim?
—Do circo. Parece um palhaço. Só fala merda, fez esse Cospobre do coringa e acha que as suas frases de efeito são boas. Aliás, são as PIORES que eu já vi. —Falei dando uma de durona, estou irritada, não pensei nas consequências que isso iria gerar.
—É mesmo.... —Ele disse, sua voz estava rouca e sombria, fez eu me arrepiar (e não no bom sentido) ele parou o carro e puxou uma faca, apontou ela para o meu rosto e logo depois pressionando ela contra minha bochecha. Depois ele a colocou ela em meu pescoço e fez um corte leve, não foi na artéria e também não foi profundo, então não sangrou muito. —Você vai entender que eu não preciso de frases de efeito, sua rata imunda. Ele cravou a faca em meu estômago. Fechei os punhos e mordi o lábio, merda, isso dói muito. —Dói? Isso é bom. Não se preocupe, rata, você não vai morrer, eu não acertei nenhum órgão. —Ele falou voltando a dirigir.
Olhei para a faca ao seu lado no banco. Ele está distraído, pegue a faca e o mate. Esse foi o único pensamento são que passou em minha cabeça nas últimas horas, acho melhor obedecer. Tentei puxar a faca mas ele a puxou antes e fez um corte no meu braço. O corte não foi muito profundo, graças ao casaco.
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Dance With Devil -Jeff The killer
HorrorLua, uma garota com uma personalidade única, forte, uma garota normal aparentemente. Um dia resolve entrar em uma casa onde todos dizem que é mal assombrada junto com seus amigos. Mas na tal casa, não encontram nenhum fantasma, só um homem, um assas...