(Não revisado)
Jeff me tortura cada vez mais, não sei quanto tempo vou aguentar. Já estou quebrada, eu praticamente já perdi. Ele descobriu o que mais me machuca, o que mais me faz sentir ódio. Lucas. Aquele pirralho idiota, sempre o favorito sem nem sequer se esforçar, eu dava tudo de mim e mal era notada. "Depressão pós parto", foi o que disseram. Durou anos, até ela engravidar de novo, ela me tratava normalmente até aquele lixo nascer, estava radiante com a ideia de ganhar seu querido menininho. Isso me fazia mal, uma criança que é deixada de lado para a outra ser amada. Não é algo que pais bons fazem. Meus mais eram pais ruins, muito ruins. Perdi a conta de quantas vezes pensei em fugir, em matá-los, em me matar, até que cheguei a conclusão de cortar o mal pela raiz. Tirar aquele veneno de uma só vez.
—E então, Ratinha, já decidiu se render? —Disse Jeff, sinto arrepios em meus braços ao lembrar dos choques, das torturas. Eu não aguento mais, não posso com ele.—Eu... —Falei com fraqueza. Não posso me render, não sem lutar mais um pouco, só mais um pouco. —... Vai pro inferno! —Gritei, ele pareceu se divertir. Minha voz rouca e que cada vez fraqueja mais, seus olhos refletem o prazer em me ver assim, torturada, quebrada e a beira de me render. Ele quer que eu diga não, para poder me torturar ainda mais. Ele sabia que eu iria resistir e se diverte com isso. Nem sei porque resisto. Não há mais nada para mim, sem chances de liberdade ou de conseguir continuar com minha vida. Sem chance de seguir em frente, de morrer ou de matá-lo.
—Rata, você é mais forte do que eu pensava. Mas ainda não é párea para mim. Acha que não sei que está quase quebrando? —Ele sussurrou em meus ouvidos — "Só mais um pouco" é isso que pensa? Não importa o quanto lute, eu vou conseguir. Então porque não se rende logo?
—Se render... Não é do meu feitio. —Forcei uma voz firme, embora eu tenha vontade de chorar e me render. Não vou, não sem lutar até o fim.
—Vamos ver quanto tempo vai durar, ratinha. Sabe que uma hora ou outra vai ter que se render a algo. A mim, ou a você mesma. Embora eu saiba o que vai acontecer. —Ele sussurrou, sua voz estava rouca, sádica. Sua risada final, me faz ter calafrios.
Jeff se afasta alguns centímetros de mim e me leva para uma outra sala. O porão. A pior parte desse hospital, agora eu sei porque ele escolheu esse lugar entre tantos outros. Além das outras torturas que os outros pacientes sofriam la em cima, existiam essas. Torturas horríveis, tão monstruosas que arrisco dizer que faziam experimentos aqui embaixo. Jeff sorri, seu olhar brilha com esse lugar. Agora entendo seu maldito plano. Alguém, por favor, alguém me ajude.
—Não... Por favor... Isso não! —Gritei tentando me soltar —Me solta. Por favor, isso não. Eu obedeço você. É isso que quer, não é? Eu me rendo. Por favor, Jeff, isso não. —Gritei, meus olhos transbordavam lágrimas suplicando.
—Acho que deveria ter dito isso antes de eu mudar de idéia sobre você. —Ele disse enquanto sorria, meu coração começa a bater cada vez mais rápido. Jeff coloca uma venda em meus olhos, me guiou por uma escada e me sentou em uma cadeira. No mesmo momento que desamarrou meus braços, já os amarrou em uma cadeira, sem me dar chances de fugir. Amarrou meus pés na cadeira e o ouvi descer a escada.
—O que vai fazer? —Perguntei enquanto tremia. Mas não ouvi nenhuma resposta, apenas uma risada.
Escuto o barulho de uma alavanca descendo e logo depois sinto o choque térmico, a água gelada toma conta de meu corpo, a venda escapa de meus olhos. O ar é expulso de meus pulmões, a água os preenche. Abro meus olhos, enquanto Tento me debater, Ele me olha satisfeito e puxa a alavanca. A cadeira sobe para a superfície novamente e eu começo a tossir desesperadamente, o ar entra violentamente em meus pulmões.
—Chega... Por favor... Já chega. — supliquei novamente, mas seu olhar revelava o quão cruel ele está disposto a ser. Um verdadeiro monstro.
—Ainda não —Jeff puxou aquela alavanca mais de 10 vezes. As vezes durava até eu quase me afogar de verdade, mas ele sempre puxava novamente no último segundo.
Ele me solta da cadeira, mal tenho forças para me levantar. Ele me leva para outra cadeira, me amarra e joga água em cima de mim, logo depois sinto o choque se instalar por meu corpo. Várias vezes ele repete isso, sinto meu corpo pular, queimar, sinto minha mente quebrar cada vez mais. Sinto o que estou me tornando. Estou morrendo e algo novo está nascendo. Uma Lua nascida da dor e do sofrimento. Horas e mais horas de torturas horríveis e diferentes, até que chegamos na pior delas. Ele me amarrou em outra maca e buscou uma seringa, nela há um líquido roxo escuro.
—O que é isso? —Pergunto quase sem voz
—Eu não sei. Mas sei o que isso faz. —Ele sorriu enquanto olhava a seringa.
—E o que isso faz? —Perguntei e ele ligou um projetor antigo. Olhei para a parede, pessoas gritando, tremendo e se contorcendo. Depois de dias assim, enlouquecem. Alguns viram esquizofrênicos, psicopatas, maníacos, sociopatas, não importa a doença. Eles ficavam insanos. —Eu já me rendi. O que mais você quer?
—Que assuma sua real natureza. Todo mundo é insano. Eu não queria isso até algumas horas atrás. Mas você é teimosa demais para se render a si mesma. A mim, era óbvio que uma hora aconteceria, mas nunca a sua real natureza. —Ele diz enquanto acaricia minha bochecha, limpando minhas lágrimas enquanto observa meus olhos suplicando, implorando que ele não fizesse isso. Súplicas já sem nenhuma esperança e cheias de sofrimento. —Por que... Por que eu não consigo? —Jeff se pergunta com um olhar confuso —Droga.
Jeff me solta das amarras e me carrega para fora do porão. Meu corpo está tão fraco que mesmo se eu quisesse não poderia resistir. Ele me deixa no colchão de alguma das celas e tranca a porta. Meu corpo treme de frio, medo e aos poucos, sinto meu corpo parar de tremer, meu coração pulsar mais fraco e o ar entrar com mais dificuldade em meus pulmões. Eu vou morrer? Era isso o que eu queria? Eu queria morrer ou na verdade eu queria me render? Por que lutar tanto contra o que realmente quero? Agora essas perguntas são inúteis. Vou morrer com meu orgulho intacto, é só isso o que importa. Ou o que deveria importar. Olho para o teto de minha cela, que aos poucos começa a escurecer, até que não vejo mais nada. Eu teria morrido se ele não tivesse voltado.
—Não... Você não pode morrer, Lua. —Ele disse, sinto um cobertor em cima de mim e um aperto, um abraço. —Eu não vou deixar você morrer. —Ele disse abrindo a minha boca e me dando o que comer. Depois de mais ou menos meia hora, minha visão e meus sentidos voltam ao normal. Jeff está dormindo ao meu lado. Na verdade não sei se ele está dormindo ou não, seus olhos estão sempre abertos. Tento me soltar mas ele me puxa para si novamente e fecho meus olhos. —Fique aqui... Você quase morreu. Quero que repita que se rende a mim novamente. Desda vez sem do que temer, simplesmente porque sabe que quer isso. Não por medo. —Ele sussurrou em meu ouvido
—Eu... Sou muito teimosa para isso. —Disse ainda de olhos fechados
—Abra os olhos —Ele disse me virando para ele —Sabe que não tem mais do que fugir. Pelo que lutar. Você resiste ao que realmente quer.
—E o que eu quero? Você não sabe. Quem disse que quero me render?
—Não preciso que ninguém diga. Está em seus olhos o que quer e o que sente. —Ele diz me pressionando contra ele. Meu coração começa a bater rápido. —Diga... —Ele diz me puxando mais para ele e fico sem ar
—Eu me rendo a você. —Vejo um enorme sorriso tomar conta de seus lábios, que acaba me contagiando, me fazendo sorrir junto com ele. De repente ele para de sorrir, dando espaço para um beijo. Um beijo violento de ambas as partes.
Oii meus Lupinos! Não se esqueçam de votar!
Por favor, peço paciência porque sei que estou demorando a escrever capítulos mas tenho passado por alguns problemas. Por favor comentem o que acharam e me chamem no privado se quiserem.
Beijos trevosos e boa noite a todos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dance With Devil -Jeff The killer
HorrorLua, uma garota com uma personalidade única, forte, uma garota normal aparentemente. Um dia resolve entrar em uma casa onde todos dizem que é mal assombrada junto com seus amigos. Mas na tal casa, não encontram nenhum fantasma, só um homem, um assas...