Dance With Devil -Jeff The killer

De corpo e alma

      Fazem horas desde que ele me jogou aqui. Meu pescoço está roxo. Meu corpo inteiro dói e uma dúvida reina em minha mente. Por que ele me deixou viva?

      Ele disse, na verdade ele ORDENOU que eu ficasse viva até ele se cansar de mim. Esse jeito arrogante dele me irrita. Ele acha que (geralmente pode) vai passar por cima da vontade de tudo e todos e vai permanecer o rei de tudo. Ele não vai conseguir isso comigo. Estou com uma dor insuportável, sem meus remédios, congelando e com fome. Estou tremendo de frio, minha barriga não para de roncar e esse babaca sumiu.

      —Merda... Eu vou congelar. —Minha voz está trêmula, eu inteira estou trêmula

      —O que foi? —Disse Jeff abrindo a porta.

      —Nada que seja da sua conta. —Respondi com uma voz forte. Ele não vai conseguir passar por cima do meu orgulho, eu posso ter perdido tudo, mas não o meu orgulho.

      —Você ainda me desafia... —Ele disse vindo em minha direção, se abaixou e deu um soco no meu estômago. Senti o gosto do sangue em meus lábios, depois senti escorrer por meu queixo um pouco de sangue. —Eu vou perguntar de novo. O que foi?

      —Eu... Eu estou com frio e com fome... —Eu abri a boca para falar o resto, mas ele não precisa saber disso —Só isso.

      —As vozes... Elas não te deixam em paz? Ou é a dor de cabeça, por tentar não pensar em mil modos diferentes de automutilação?

      —Não é nada disso. Ainda não cheguei nesse estágio. Ainda não.

      —Você está merecendo uma punição, então... Vai ficar aqui. —Ele disse saindo e trazendo um balde de água. Ele jogou toda aquela água em mim. —Vai ficar aqui desse jeito. Amanhã, dependendo do meu humor, você pode comer.

      —Você é um merda.

      —Ain, olha ela ficou bravinha. —Ele falou revirando os olhos —Não sou eu que estou todo quebrado, mas talvez tenha algo que você possa fazer que melhore a sua situação.

      —O que?

      —Eu vou decidir. Até amanhã, Lua. 

      Ele saiu pela porta lentamente. Está pensando. Merda, talvez seja a falta de de convivência com o resto do mundo mas estou começando a me importar com ele. Merda. Eu sei que vou me arrepender disso. Eu me levantei e abri a porta.

      —Está estranho. Você está estranho... —isse indo em sua direção, eu estou agindo por impulso, minhas pernas e meu corpo não obedecem meu cérebro. —O que aconteceu? —Perguntei ficando a poucos centímetros de distância de seu rosto.

Jeff narrando:

      Merda, por que essa garota imbecil está mexendo com a minha cabeça. Por que vê-la tremendo de frio é melhor do que qualquer outra tortura que eu já fiz? Ouvir seus gritos... Eles são os melhores que já ouvi. Eu a empurrei contra a parede e me aproximei de seu ouvido, ela tremeu ao ouvir minha respiração.

      —Estou estranho, porque tudo que você faz é atraente, Lua. Os gritos, os desaforos, o orgulho. A atitude desafiadora, a ousadia. A tristeza, esses olhos frios... —Eu disse deixando nossos rostos com poucos centímetros de distância.

      —Eu não sei porque... Mesmo você sendo o cara que acabou com tudo que eu tinha, eu me importo com você. Mesmo você tendo me sequestrado e torturado, eu gosto de você. —Ela disse olhando em meus olhos profundamente.

      —Não vou mais resistir a isso... —A beijei, ela mesmo surpreendida correspondeu. Um beijo selvagem, triste e quente. Lua parou ofegante.

       —Isso... Isso não está certo. Eu... Vou voltar para a minha cela. —Ela disse indo voltando para a cela. Segurei seu pulso e a puxei para mim. Segurei sua nuca e a beijei novamente, Lua, tentou me empurrar mas eu segurei seus pulsos e a prendi contra a parede. Apertei seus pulsos até ela parar de resistir. Assim que ela se rendeu, Segurei sua cintura e puxei levemente seus cabelos. Merda, agora quero te possuir por completo, Lua. Passei minhas mãos contornando suas curvas. Abri a cela que estava ao nosso lado e deitei Lua no colchão.

      —Chega... —Ela disse virando o rosto

      —Não diga que você é...

      —Sou. Se você começar a rir eu vou te dar um soco.

      —Então, por que não parar de ser agora?

      —Eu... Eu não estou pronta pra isso, eu não tenho que te dar explicações. E eu tenho uma grande noção que eu vou me arrepender disso. —Ela disse tentando desviar o olhar. Eu sorri, é interessante vê-la assim, com vergonha.

      —Boa noite, Lua. Amanhã de manhã eu trago alguma comida pra você. —Falei indo para o meu quarto.  Eu realmente não sei o que acabou de acontecer na minha cabeça. Mas parece ser interessante. Tenho novos planos para, Lua. Ainda vou torturar ela, e muito mesmo. Mas há uma pequena mudança de planos de deixar ela sangrar até a morte quando não tiverem mais espaços para eu cortar. Quero conhecer sua mente, possuí-la, quero que ela seja só minha. Quero entrar em sua mente e tomar conta de seus pensamentos, se seus sentimentos, fazê-la completamente minha. De corpo e alma.