Capítulo 6 | Borboletas no estômago

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"Saudações,

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"Saudações,

Escrevo para lhes informar que a guerra ainda não cessou em Ilha Branca, mas lhes garanto que sairemos vitoriosos, visto que os rebeldes estão abalados pela saúde frágil de seu Rei. As batalhas estão sendo longas e exaustivas, mas felizmente temos homens o suficiente para revezamento. Descobrimos alguns pontos fracos dos inimigos, a vitória está em nossas mãos! Grande parte da população de Ilha Branca, especialmente mulheres e crianças, foram mandados para Ilha do Norte em segurança. A comida foi escassa, mas graças ao Rei e Rainha da Ilha do Norte estamos supridos até o próximo verão.

Rainha Clair passa bem, está em boas mãos. Trabalha em meio período como costureira, em uma fábrica da região de onde está refugiada.

Pedimos que mandem informações sobre como andam na Austrália. Infelizmente, não podemos mandar uma carta muito extensa, isso é tudo.
Charlie, saiba que amamos você, nunca lhe esqueceremos. Tudo vai terminar bem e lhe teremos em nossos braços. Jake, também o amamos, cuide de nossa pequena princesinha e continue com a pesquisa. Quanto à Lianne, Richard e filha, lhe enviamos os mais sinceros agradecimentos. Iremos os recompensar ao final da guerra.

Sem mais delongas,

Rei Charles II. "

Jake terminara de ler a carta em voz alta, estávamos todos sentados na sala. O carteiro havia trago a carta pela tarde e não esperamos para lê-la. Estávamos a mais de dois meses esperando por uma resposta. Finalmente agora obtivemos a tal.

Meu peito doía em pensar no caos que estaria Ilha Branca, meu lar. Felizmente, parte do povo de Ilha Branca estava a salvo na Ilha do Norte. As notícias sobre rainha Clair eram poucas, ela estava bem e trabalhava como costureira, uma profissão que sempre adorou. Certa vez, mencionou que se não fosse Rainha seria uma estilista famosa. Ela certamente seria, visto que sempre costurou com esplendor. Rainha Clair sabia manusear uma agulha com maestria.

- Ah, Charlie. - disse Jake me envolvendo em um abraço de urso. - Não chora, tudo vai terminar logo. - secou algumas lágrimas teimosas que insistiam em escorrer de meus olhos já inchados e vermelhos.

Eu chorava por conta da angústia que pairava em meu coração. Eu estava com tantas saudades da minha família.

- Eu quero meus pais, quero voltar pra casa. - Deixei escapar um soluço.

- Logo a guerra vai cessar, Charlie. Será mais rápido do que um piscar de olhos. Em breve você verá seus pais, tenha paciência meu amor. - Falou Lia afagando meus cabelos.

Lia estava sendo como uma segunda mãe para mim.

Seria difícil despedir-me dela.

- É, Charlie, ouve a tia Lia. - falou Jake.

- Tia? Quantos anos você tem garoto? 10? - Disse Lia arqueando uma das sobrancelhas e cruzando os braços. Ela já tinha dito várias vezes para que não a chamássemos de tia, ela detestava. - Tenha vergonha - deu um tapa no braço de Jake, Mell e Ridd riam da cena. Estranhamente toda a angústia em meu peito se evaporou. Não tinha como ficar triste perto deles.

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