Capítulo 20 | Início do fim

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O tempo estava agradável naquela noite, a brisa refrescante batia no rosto de Charlie e bagunçava seu cabelo

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O tempo estava agradável naquela noite, a brisa refrescante batia no rosto de Charlie e bagunçava seu cabelo. Ali era um bom lugar para recuperar a paz e sanidade mental, coisa que ela precisava mais que tudo nesse mundo. Charlie estava sentada num tronco de árvore em frente ao Bunker, ali lhe dava uma boa visão de toda a floresta, apesar de quase nenhuma iluminação, podia ser perigoso, mas para falar a verdade...ela pouco se importava.

A mesma só conseguia pensar em seus pais e se eles estavam vivos, mil e um pensamentos ecoavam por sua mente, a mesma começou se a se sentir sufocada com todos aquelas preocupações, será que tudo ocorreria bem? O plano daria certo? Logo eles teriam suas vidas de volta? Eram tantas coisas, Charlie se sentiu fraca por não poder saber o que o futuro lhe aguardava.

Seria esse o início do fim?

Em menos de quatro horas a mesma e seus companheiros estariam longe daquele local, logo se iniciaria o plano que Sebastian havia esquematizado.

Parecia arriscado, de fato era.

Sebastian tinha Jake como carta na manga e talvez o mesmo precisasse apelar para tal. Charlie o havia feito prometer que não comprometeria ainda mais o único resquício de sanidade de Jake Will, mas Sebastian não pensava muito a seu respeito, ele faria o possível e o impossível para que todo esse caos acabasse, se preocupar com um irmão estava fora de cogitação, pelo menos era isso que o mesmo tentava obrigar seu cérebro a entender, mas querendo ou não Sebastian possuía algum tipo sentimento por Jake, era impossível negar. Afinal ele possuía seu sangue.

O plano em si era completamente maluco, sem pé nem cabeça, mas eles não tinham mais tempo para bolar algum plano melhor. Era tudo ou nada, Ilha Branca não iria esperar, eles precisavam agir. Os mesmos partiriam pela madrugada, que era um dos horários menos arriscados para andar pela mata.

Todos estavam, de certa forma, confiantes e esperançosos com o plano. Charlie, por sua vez, nem tanto, lhe faltava coragem para encarar o mal face a face novamente, convenhamos que sua experiência anterior havia ocasionado muitos ferimentos, tanto mentais quanto físicos. Então era normal que a mesma se sentisse assim, ela tentou com todas as forças colocar tal coisa em sua cabeça. Se sentir assim não significava que a mesma fosse fraca e incapaz de lutar novamente,
até os melhores e mais valentes soldados tinham medos e incertezas. Apesar de todas aquelas aflições, Charlie levantou a cabeça e se convenceu que seria corajosa o suficiente para enfrentar o que viesse, porque outras pessoas dependiam disso, ela não se daria ao luxo do egoísmo.

Aquele pensamento a deixou orgulhosa de si mesma, fazia tempos que a mesma não se sentia assim, bem com si própria, ela só sabia pensar em tudo que havia feito de errado, das coisas que devia ter feito ou as que deixou de fazer, mas naquele momento não. Por um momento, ela realmente pôde sentir a paz mental que ela tanto queria. O cheiro que exalava da floresta, o som dos animais e até o frio, que já se aproximava do insuportável, a deixaram em paz. Naquele momento era como se só existisse ela no mundo inteiro, num universo inteiro, numa galáxia inteira, era só ela e mais ninguém, nenhuma preocupação, guerra ou pessoas para lhe machucar. Ela quis eternizar aquele momento para nunca mais voltar a sua realidade infeliz, mas isso só durou alguns minutos, talvez segundos, a sensação era tão surreal que em nenhum momento Charlie viu necessidade de se importar com tal coisa. Ela se sentiu abraçada por todas aquelas sensações, se sentiu completa. 

Operação Princesa EscondidaOnde histórias criam vida. Descubra agora