Capítulo 2 | Decisões são necessárias.

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Ilha do norte, 6 de janeiro de 2018

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Ilha do norte, 6 de janeiro de 2018.

Eu me sinto destruída sem meu pai por perto. Já faz 2 dias desde que chegamos a Ilha do norte. 2 dias que estamos sem o papai. Jake prometeu que cuidaria de tudo e ele está cuidando, mas tudo que eu desejava nesse momento era estar aninhada nos braços de papai. Rainha Clair não come faz um dia, ninguém consegue fazê-la comer, ela está em uma espécie de greve de fome. Sinto todo o sofrimento de mamãe.

Rei Brans IX e sua Rainha Meredith II foram extremamente atenciosos conosco. Segundo eles, sabem como é sofrer na mão do povo rebelde. Diferente de nós, o ataque que eles sofreram foi há 50 anos atrás.

Estamos dormindo num grande quarto subterrâneo, construído para caso houvesse guerras nucleares. Não podemos ficar andando por aí. Caso alguém nos veja, rapidamente os rebeldes podem descobrir nossa localização e virem atrás de nós. É assustador.

Eu nunca soube a real intenção dos rebeldes para com os da ilha Branca. Sabe-se que o povo rebelde é um povo muito mal, que invadem ilhas e saqueiam tudo o que os olhos veem, mas eles têm um certo rancor para com meu povo. Não sabemos o motivo. Nunca nos interessamos, o que é péssimo. Minha avó costumava dizer que "uma conversa pode abrir os olhos do cego", concordo plenamente. Tudo pode ser resolvido de maneira simples, mas infelizmente não sou eu quem está no comando.

- Mamãe onde está Jake? - fitei-a.

- Na sala de filmes, suponho. - respondeu sem me olhar, estava focada em terminar seu lindo bordado de flores silvestres.

Mamãe sempre foi cheia de talentos, o contrário de mim. Desde os 6 anos foi treinada para ser uma futura e ótima Rainha, o que eu nunca iria ser. Jake costumava dizer que eu mataria meus súditos. Eu estava certa que sim.
Eu odiava todas as aulas de etiquetas que eu tinha todos os dias. Era irritante ter que andar com a postura impecável, não poder colocar os cotovelos sobre a mesa... Ou ser o obrigada a aprender a tocar instrumentos dos quais eu jamais me interessaria em tocar. Tudo isso para agradar aos homens e a sociedade hipócrita e chata. Eu queria apenas ser uma garota normal e morar em uma casa de tamanho normal, com pais normais e estudar em uma escola normal, com pessoas normais. Era pedir muito? Certo, não tenho muito do que reclamar, pois sempre tive tudo do bom e do melhor. Nada nunca me faltou. Mas não era realmente a vida que me deixava feliz, eu não queria ser Princesa ou Rainha.

Segurei meu livro de gravuras firmemente na mão e o guardei na estante. Calcei minhas botas de couro negro e segui cuidadosamente em direção a sala de filmes, que era dentro do palácio, tínhamos que tomar bastante cuidado. O corredor era vazio e assustador. Contive meu medo e apressei-me. Terminei o percurso e parei em frente à porta da sala. Abri com cuidado, estava passando Gatinhas e Gatões, Jake ria com alguma cena em um dos imensos sofás.

- Vendo gatinhas e Gatões pela milésima vez? - falei, levantei as pernas de Jake e sentei, colocando-as em meu colo.

- É meu filme favorito, depois de Grease. - Me lançou um olhar sapeca. Eu amava Grease. Ele sabia. - Um dia vamos dançar em um baile de colegial - falou.

Operação Princesa EscondidaOnde histórias criam vida. Descubra agora