Capítulo 11 | Sozinha no Mundo

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- Margareth, preciso da sua parte da costura até o fim da tarde de segunda, o trabalho é muito grande, mas preciso que se apresse

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- Margareth, preciso da sua parte da costura até o fim da tarde de segunda, o trabalho é muito grande, mas preciso que se apresse. - falou.

- Sim, Mary. Estará em suas mãos. - respondo curta.

Era completamente agoniante trabalhar ao lado de Mary. Ela era uma mulher de 30 anos de idade e cara de poucos amigos. Me pergunto o que tornara aquela mulher tão fria e arrogante. Seus olhos mostravam isso, em sua mais pura essência. Não é como se eu trabalhasse uma vida inteira nessa fábrica, mas já sentia que a experiência que eu havia tido era o suficiente para eu querer retornar aos afazeres incontáveis do palácio e das extensas aulas de etiqueta de Charlie.

Minha doce, Charlie.

Meus corpo ansiava por um abraço longo e apertado. Queria pô-la sobre meu colo e dizer que tudo ficaria bem e que eu a amava mais que tudo. Meses haviam se passado, nenhuma mísera notícia sobre Charlie havia dado as caras. Não é como se Charles não houvesse me informado sobre absolutamente nada, ele havia me dito sobre as instalações que ela se encontrava e sobre o rei dos rebeldes ter enviado um capanga para as redondezas de Sydney, onde Charlie encontrava-se, junto de Jake. Somente. 2 míseras notícias. Porém, suponho que a mesma esteja bem, visto que não recebi notícias provando o contrário. Mas meu coração de mãe se apertava ao pensar nos possíveis perigos que minha pequena princesa poderia passar, estando tão longe e indefesa.

Não completamente indefesa.

Charlie e Jake eram excelente companhia um para o outro, como um verdadeiro complemento. E tão certo como eu vivo, Jake seria capaz de arriscar sua vida para garantir a segurança de Charlie.

Eu sentia saudade de tudo isso.

Das incontáveis brigas dos dois por besteiras do dia a dia, dos xingamentos, das brincadeiras, de tudo que eu reclamava e que os dois faziam para atiçar minha raiva de comportamentos do tipo.

Era tudo planejado, até Charles, vira e mexe, os ajudava com seus planos mirabolantes. Triste realidade familiar que só dei valor quando perdi.

Estava sendo tudo tão exaustivo. Tão atordoante, eu constantemente me sentia sem chão, com dores de cabeça e irritada ao extremo. Eu queria minha família. Eu queria viver a minha vida, não a vida de Margareth Duncan.

Essa era a mulher que eu me tornara.

Cabelos negros, olhos tão sombrios quando a noite, uma doce vizinha e costureira habilidosa.

Caminhei sem pressa em direção ao banheiro, o relógio de ponteiro na parede marcava 17:45, anunciando que dentro de 15 minutos teríamos nossas tão esperadas dispensas para mais um fim de semana em casa, cuidando da mesma, fazendo panelas e panelas de comidas para netos e mais netos, filhos e mais filhos e parentes dos quatros cantos da terra que se reuniam em um almoço típico de família.

Operação Princesa EscondidaOnde histórias criam vida. Descubra agora