Minas Gerais, meu crime ambiental
Disseram que não aconteceria novamente.
Mas na verdade, só trocaram o endereço.
No entanto, ainda em Minas.
Não sou mais conhecida por pão de queijo, a alegria da molecada.Sou agora conhecida como algo triste.
Mariana, foi meu primeiro crime!
Meu segundo? Foi de ontem.
Brumadinho, que fale ou melhor, que chore.Não sou o estado que trás segurança.
Mas prometo-te que não foi minha culpa.
Foi deles! Os humanos gananciosos.Brigam agora de qual governo é culpa, se é o atual ou anterior!
Eu Minas Gerais, culpo os ambos.O anterior por me matar, idealizar minhas preciosidades em lucro.
E minhas necessidades como prejuízo.
E o governo atual, como as falas do poder anterior.
Grito-me de socorro.Prometo-te que não quero soterrar mais ninguém.
Nem meus amigos animais e nem pessoas de sua espécie, humanos.Então, por favor, cuide-me!
Para que eu vire apenas referência de terras belas e do meu pão de queijo.Porque eu, não lhe trarei tragédias naturais.
Eu cuidarei de vocês.
Assim também vou amar vocês mais ainda.Mas hoje, chorarei e enterrarei.
Abraçarei os quem foi.
Pedirei socorro.
Tentarei acalmar as almas.
Eu serei novamente o estado abandonado.Por todos terem medo de morar aqui na minha cidade.
Ou se vocês aprenderem com esse crime,
Não serei abandonado, mas mais amado e cuidado para um dia ser chamado de lar novamente.— Mariana Aguiar
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365
PoetryParte 01 - 365 vem com a intenção de fazer exatas 365 poesias, uma a cada dia. Então, sente-se, pegue seu café e delicie uma por dia.