06 de abril de 2019

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Amor

Disseram que amar,
Era bom! Algo abstrato! Inexplicável!

Algo que eu saberia quando eu amasse!
Seria algo que sentiria!

Mas como saberia se eu nunca senti?
Li em livros suas singularidades.

Alguns me deixavam triste!
Outros esperançosa.

Então esperei!
Confusa!

Achando que quando conhecesse o homem da minha vida, ou poderia ser uma bela moça!
Já que amor não tem sexo!

O espirito não tem sexo!
Li em algum lugar!

Então um dia, não lembro o dia exato,
Apenas que estava preocupada com coisas do dia a dia.

Escutando música,
Para ser precisa!

Eu o conheci!
Ele não falava a mesma língua que a minha.

Mas chegou habilidosamente,
Jeito manso e pedindo ajuda.

Encostando em meu corpo como quisesse nada!
Um jeito carinhoso.

Ele começou me tratar bem, como nos conhecêssemos há milenos!
Mas tinhamos trombado no ponto de ónibus.

Acariciei seu pescoço dengoso e o amor começou ali.
Sua cara magra e corpo magro pedia proteção.

E ai ali mesmo,
Começamos trocar olhares e sentimentos!

Como não falávamos mesma língua,
Tive que improvisar!

Mas eu o chamei de amor,
E no fim eu o chamei sem mesmo o conhecer para morar comigo.

Já que seu estado era perigoso.
Uma criaturinha morando na rua.

Abandonado para a sorte.
Mas que menos de dez minutos.

Tinha conseguido me fazer sentir,
O sentimento que não tinha sentido nunca.

Mesmo sendo de espécie diferente.
Ele e eu criamos uma relação.

Ele tem quatro patas.
Eu duas pernas.

Ele um coração.
E e eu um coração também.

O amor que criamos,
Foi instantâneo.

E por isto seu nome,
É AMOR.

— Mariana Aguiar

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