16 de abril de 2019

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Ansiedade

No escuro ela se escondia,

No escuro ela dizia,

No escuro ela cantava,

No escuro ela atuava, 

No escuro ela ria.

No escuro ela não era mais quem dizia,

Ser,

No escura ela era quem queria,

No escuro ela sorria.

Mas, no escuro também,

A menina que tudo guardava,

Que tudo aguardava,

Que tudo fazia,

Que nada opinava,

E que para todos mentia,

Explodia.

Ela abaixada a cabeça,

E fingia que de nada entendia.

Ela chorava no seu escuro,

Torcendo para que ninguém notasse

Seus silenciosos gritos de agonia. 

No escuro,

No escuro,

De tudo ela fazia,

Mas fora do escuro,

De tudo ela fugia.

— Eduarda Meneses 

User: DudaSalvatore8

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