Josh Dun, filho do dono da maior empresa do país, decide morar sozinho por não aguentar mais a arrogância de seu pai.
Tyler Joseph, secretário da empresa, é despejado de seu apartamento e não tem onde ficar.
Levantei cheio de dores daquele sofá. Minha cabeça doía, minhas costas e meu pescoço.
Um flashback do fim de semana passou pela minha cabeça e eu? Ri. Logicamente não deveria, mas finalmente tive coragem de fazer o que minha mãe sempre quis fazer. Enfrentar o patriarca Dun.
Acho que nunca contei, mas minha mãe faleceu quando eu tinha quatorze anos.
"Laura Lee McCollum".
Lembro como se fosse ontem. Aquela lápide com o nome da mulher da minha vida fincados no chão, em minha frente. Nunca chorei tanto como naquele dia.
Aos trinta e quatro anos ela foi diagnosticada com câncer no cérebro. Por mais idade que eu tinha, meu pai não me deixava vê-la. Esse é um dos motivos pelo qual eu o odiava.
Um dia fugi de casa por algumas horas e consegui entrar no hospital sem que ninguém me visse. A olhei e mesmo careca, com algumas manchas na pele e totalmente desnutrida, eu continuava achando ela a mulher mais linda do mundo.
Isso pode ser um clichê de criança, mas eu era realmente apaixonado pela mulher que ela era. Pra mim, a melhor pessoa do mundo estava na minha frente. Acamada ou não, forte ou não, em casa ou não, ela continuava sendo a minha mãe.
Com uma de minhas mãos, acariciei seu rosto leve e pálido. "Eu te amo". Me lembro de ter sussurrado. Com a outra, segurei uma das suas e me deitei na cadeira inclinada ao lado da cama.
Passei horas e horas ali junto à ela, até que o aparelho que media seus batimentos cardíacos apitou longamente.
Um som extremamente agudo e irritante que corroeu meus ouvidos.
Vários médicos invadiram o quarto me empurrando e usando o disfibrilador contra seu peito.
Vozes, barulhos de choque, o som agudo. Tudo aquilo de uma vez só entrava em mim e me perturbava.
Eu apenas olhava tudo, obviamente assustado. Até que puxaram um pano sobre seu corpo.
Eu sabia que aquele era o fim. O fim de trinta e quatro anos de vida. O fim dos meus dias com ela.
Naquele momento eu senti que tudo que trazia felicidade morreu. Uma parte de mim foi embora junto com ela.
Tudo isso passou pela minha cabeça quando vi um porta retrato antigo em minha sala.
Quando eu era pequeno, odiava essa foto. Achava que estava feio, mas atualmente tem sido a minha favorita.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sorri involuntariamente e uma lágrima escorreu pelo meu rosto.
Tomei um banho, coloquei meu terno insuportavelmente desconfortável. Baguncei meus cabelos ainda molhados. Me perfumei e saí.
- Josh? - uma voz familiar me chamou quando virei o corredor.
- Halsey? - olhei para trás e vi aquela de cabelos azuis que ainda mexia comigo. - Halsey! - gritei, e ela correu sorrindo em minha direção, pulando em mim num abraço.
