Capitulo 2

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Capítulo 2 - Quebre as barreiras

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Capítulo 2 - Quebre as barreiras

Agora que a guerra acabou comigo, eu estou acordando, eu já consigo ver que não resta muito de mim, nada é real além da dor agora; segure minha respiração enquanto desejo a morte.

- Metallica 

***

Os acordes da música irritavam Ana tanto quanto a voz meiga e falsa das enfermeiras. Aquela música era uma tortura. Era tão calma que a fazia querer quebrar tudo até que o som parasse. É claro que aquilo não a fazia dormir.

Quem teve a brilhante ideia de colocar aquela música em vez de injetar mais remédios?

A garota se levantou da cama e sentou no chão, cruzando as pernas. Provavelmente iria enlouquecer se a música não parasse.

Anastasia Rose Steele... aparentemente, apenas uma garota mal-humorada com seus recem dezenove anos. Por vezes fria e até mesmo um pouco perversa; por outras, apenas cínica e sarcástica.

Aquela era o diagnostico da Drª. Megan. Ana não gostava daquela doutora.

A garota tapou os ouvidos com as duas mãos e tentou se concentrar na parede branca do quarto. O problema é que a parede era branca demais. Não tinha nada de interessante para fazê-la se distrair.

Logo escutou o barulho da maçaneta e olhou para cima.

Megan havia mudado desde o verão. Deixara o cabelo crescer e o deixava sempre solto. Aquilo realçava os olhos castanhos. Ana até a acharia bonita, se não suspeitasse que houvesse sido ela a ter a ideia da música.

_ Como se sente hoje? - Megan perguntou, com a costumeira prancheta na mão, a voz calma e controlada.

_ Eu estou bem - Ana disse, levantando ligeiramente o queixo e repousando as mãos no chão.

_ Por que está sentada no chão? - a doutora questionou, curiosamente.

_ Por que eu odeio esta música - ela respondeu, encarando-a em desafio.

_ Eu achei que você relaxaria mais com uma música - ela explicou sem mostrar muito interesse.

_ Remédios, por favor - Ana suspirou e depois desviou o olhar para o lençol branco da cama, odiava quartos brancos. Odiava remédios. Odiava músicas. Odiava Megan.

A doutora deve ter dito algo como "boa noite" e "nos vemos amanhã", mas Ana não prestava mais atenção nela.

Ela escutou a chave se virando na fechadura e menos de um minuto depois a música finalmente parou, as luzes se apagaram e ela se viu na total escuridão do quarto. Mas logo seus olhos se acostumaram e ela pôde ver as cores das coisas.

Quer dizer, cor. Tudo era branco. A janela estava fechada como sempre, e a única coisa que se via era a iluminação do letreiro acima da porta da clínica, lá embaixo.

50 Tons de Uma SalvaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora