Seven - I'm a monster

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Aviso Importante

Leia até o Final do Aviso

Então galera, vamos lá. O capítulo de hoje vai ser um pouco pesado. Irá contar com pensamentos suicidas e auto-mutilação.
Caso não se sinta confortável para ler esse tipo de coisa você pode pular o capítulo e me mandar uma mensagem no twitter (x_sadcupid_x) ou aqui pelo wattpad que eu enviarei uma explicação das coisas importantes do capítulo.
Vocês não irão perder nada importante okay?

Chamem lá. Amo vocês <3

Mais um aviso, desculpem se o capítulo não ficar tão bom. Eu tinha escrito 830 palavras mais ou menos e perdi tudo. Então...é

Fim dos avisos.

Existem pessoas que acham que não são boas o suficiente, outras tem certeza que não são boas o suficiente. Há ainda um terceiro tipo, aquelas que sabem que não são boas o suficiente, que nunca serão e pior ainda, sabem que são horríveis.

Eu me enquadrava na terceira categoria.

Naquele momento estava no banheiro do hotel me olhando no espelho que ficava acima da pia. Olhava esperando encontrar algo a mais naquele reflexo, porém tudo o que via era um garoto de quase 16 anos que havia matado o próprio pai, tudo o que via era um homem egoísta que havia deixado o amor de sua vida, tudo o que via naquele espelho era eu mesmo e aquela visão me assustava pra caralho.

Quando me mudei pensei que poderia simplesmente esquecer tudo, pensei que pudesse deixar a culpa para trás e me tornar uma pessoa melhor. Porém a verdade é que, não importa para onde você vá, a dor sempre irá te encontrar. Não é possível fugir de si mesmo e eu, Frank Iero, sou um monstro.

Primeiro soco. Foi de encontro ao meu rosto refletido, quebrando o espelho em algumas partes. Podia agora ver minha face distorcida pelos cacos, que estranhamente refletiam de forma exata como eu me sentia. 

Segundo soco. Acertou no mesmo lugar, deixando dessa vez uma marca de sangue. Consegui sentir aquelas partes rasgando os nós de meus dedos, mas não me importei muito.

E foi naquele exato momento que eu percebi: quando Linda me batia e eu não revidava ou não  me defendia não era porque eu tinha medo de machuca-la, mas sim porque eu achava que merecia sofrer pelo simples fato de existir.

Flashback on


Acordei devido a um barulho vindo da sala, não sabia muito bem identificar o que era devido ao sono. Me levantei da cama e fui até lá. Linda tinha passado a noite inteira em um bar qualquer e agora estava de volta a nossa casa, o cheiro forte de bebida que ela emitia me mostrava isso.

-Mãe? -Falei quase em um sussuro.

Segurei ela pelo braço. Minha mãe nunca fora o tipo de pessoa que gostava de beber, mas aquela era a terceira vez que aquilo acontecia depois da morte de meu pai.

-Mãe, você precisa parar com isso. Você...- parei para me concentrar em segurar as lágrimas que queriam a todo custo escorrer. -Você não tá bem. Você não é assim. Por favor, para.

Seu olhar antes vazio se transformou em um olhar de ódio. Ela puxou o braço fazendo com que a soltasse e se virou pegando um vaso que se encontrava em uma mesinha atrás dela.

E então, antes que eu pudesse perceber o vaso estava vindo em minha direção. Como primeiro impulso coloquei meu braço na frente para evitar que o vaso acertasse minha cabeça. Ele se partiu e um de seus cacos rasgou a pele de meu ante-braço.

The Ghost of You Onde histórias criam vida. Descubra agora