A S P E N
Três dias se passaram, e eu ainda não consigo comer nem dormir, minha cabeça está um caos, meu corpo dói muito, não tenho forças pra levantar dessa cama.
Eu estava doente já faziam 2 dias, os remédios não faziam efeito algum, eu nem conseguia mais vomitar, afinal não havia nada no meu estômago!
Samuel estava muito preocupado, vinha checar como eu estava de 5 em 5 minutos. Não sei se era porque ele estava se sentindo muito culpado pelo que fez, ou se é a preocupação natural dele, eu não sei de mais nada.
Eles haviam ido pra escola e eu estava sozinha, por Lily ela faltaria pra cuidar de mim, mas não queria que ela perdesse aula por minha causa, ela já tinha passado por muita coisa. E também Sammy me enche com as ligações uma atrás da outra, ja está perto da hora da saída deles, provavelmente eles iam voar pra casa como dois foguetes.
Meu celular toca e vibra, leio o nome de Sammy na chamada. Falando no diabo....
— Asp como você está? Tomou seu remédio? Comeu o macarrão que eu deixei no fogão pra você? — Sammy diz parecendo nervoso.
— Sim eu tomei meu remédio, mas não comi nada, eu consigo — faço uma careta referente a comida, até me sentia enjoada só de lembrar do nome.
— Tentou tomar um banho? Dormiu um pouquinho?
— Eu não consigo, to enterrada na cama, parece que eu fui atopelada por um camelo — ouço a risada fraca de Sammy.
Falamos por uns minutos, ele encerra a ligação, e eu me viro para o lado e fecho meus olhos, me deixando levar pelo cansaço.
Abro meus olhos e sinto minha cabeça queimar, minha visão estava embaçada, mas tinha alguém sentado na ponta da minha cama mexendo em seu celular, meu cérebro demora um pouco pra processar o dono do rosto mas então..... era o papai.
Bom meus amigos, essa era uma cena nada comum de se ver. Meu pai e minha mãe são divorciados desde os meus 5 anos de idade, minha mãe se chama Eliz, e é modelo, vive vianjando, agenda lotada, após o divórcio ela ficou com nossa guarda, mas assim que o Sammy teve idade suficiente, ela passou a tutela para ele. Papai se chama Bayron, e é empresário de grandes negócios e também cada hora está morando em um lugar diferente, sempre com projetos novos, porém ele nunca aceitou que o Sammy cuidasse de nós, mas por outro lado, nunca quis a real responsabilidade de pai.
Sammy e papai não se davam bem, por papai achar um erro a forma com que Samuel leva a vida.
Sou tirada de meus pensamentos assim que papai me olha com um sorriso no rosto.
— Que bom que acordou filha — papai diz passando a mão em meu cabelo — Precisamos conversar.
— Sobre o que? Espera como você entrou se a porta tava trancada? — pergunto incrédula, só falta ele ter arrombado a porta, Sammy ia ficar muito puto.
— Bom, eu estive pensando muito sobre o assunto, e sabe que eu nunca concordei com essa história de um irresponsável como o Samuel cuidando de vocês, eu vou morar o resto do ano em Miami, e vocês vão pra lá comigo, está decidido.— papai diz com um sorriso largo e eu logo fecho a cara, quero ver quem me tira daqui.
— Pai, eu agradeço a preocupação com nós duas, mas o Sammy sempre foi muito responsável em cuidar de nós, eu te amo mas também amo o Samuel e não posso deixá-lo pra trás, eu tenho uma vida aqui, amigos e uma rotina, não posso abandonar tudo do nada e só porque você quer isso, sinto muito, mas não vamos.
— Você não tem escolha Aspen, você ainda não é dona do seu nariz, não tem condições de vocês ficarem nessa casa sendo mal cuidadas — papai diz irritado, ele veio aqui só pra me chatear? Eu mereço isso!
— Eu nunca fui maltratada pelo Samuel, ele nunca me abandonou, sempre cuidou de mim quando eu precisei, sempre cobriu o amor que faltou dos meus pais, agora você vem aqui do nada, se achando no direito de querer entrar na minha vida só porque te deu vontade? — esbravejo enquanto cruzo os braços.
Papai se levanta e pega no meu braço com força, me fazendo levantar também, minhas pernas estavam bambas.
— Eu ja disse que você não tem escolha — Ele berra e sai me puxando pelo braço, eu tento escapar de suas mãos o máximo que posso.
Ouço o alarme do carro de Sammy, e então agarro o batente da porta, enquanto sinto as lágrimas me consumirem, grito pelo nome de Samuel, enquanto papai se irrita e tenta me puxar pelo braço.
— Mas que merda está acontecendo aqui — ouço a voz de Sammy, que sobe a escada batendo o pé.
Respiro aliviada, quando Sammy empurra nosso pai e então me puxa pra seus braços.
Respire Aspen, vai ficar tudo bem!
Me encolho nos braços de Sammy, enquanto ele me olha preocupado.
— O que você tá fazendo aqui? Eu ja não tinha deixado claro que não iríamos embora com você? Veio atormentar a Aspen também? — Lily diz com a expressão brava, mas tinha mais gente ali, espera o que o Nate e JackG estão fazendo aqui?????
Ta tudo cada vez mais confuso. Jesus cristo.
— Eu disse que vocês vão comigo e ponto final, vocês não tem o que querer — papai avança na frente de Samuel, que me esconde atrás dele, ele não iria bater no próprio filho, iria?
— Eu quero ver Bayron, vai ter que passar por cima de mim antes — Samuel diz e eu aperto o braço dele.
Papai cerra os punhos, e desfere um soco em Sammy, porém ele desvia.
Papai tinha uma mão muito pesada, após ser atingida por seu soco, minha visão começou a ficar embaçada, as vozes pareciam cada vez mais distantes, e antes de cair na escuridão total, sinto meu corpo ser envolvido em um braços cheios de tatuagens
O olhar de Maloley, foi a última coisa que consegui ver.
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ᴘʀᴏᴍɪsᴇs · Nɑte mɑloley ⚡
Hayran KurguASPEN+ ❝Cansada de palavras vazias, sentimentos falsos, sorrisos forçados e abraços frios.❞ • Started on january • Created by @ycfrndz • Plágio é crime!