Um Amor de Verão

Dificuldades!

A horas Martina e Maria Flor estavam lá dentro, e ninguém sequer dava noticias, a essa altura todas as nossas famílias e amigos estavam na sala de espera comigo.

- Acompanhante de Martina Stoessel Blanco? - disse uma enfermeira.
- Aqui! - disse me levantando.
- Me acompanhe, os demais podem aguardar aqui por favor!

Segui ela por aqueles grandes corredores frios e brancos, até chegar em um quarto onde havia uma incubadora, vi Maria Flor dentro e perguntei.

- O que houve com ela? Porque está aqui dentro? - disse chegando perto dela.
- Ela nasceu de parto prematuro senhor, e um parto muito difícil também.
- Ela irá sobreviver? - disse segurando sua pequena mão.
- Claro, ela é uma menina muito forte. - disse tocando em meu ombro, então eu virei e a encarei.
- E minha esposa, onde está?
- Bom sua esposa você terá que esperar o médico vir até você pois eu cuido só dos bebês, o senhor pode trazer seus familiares aqui aos poucos para vê-la e depois pode ficar com ela aqui o tempo que quiser.
- Obrigado!

Fui até a sala de espera e organizei a visita para Maria Flor para que todos pudessem vê-la.
Após as visitas eu pedi para que todos fossem descansar, quando soubesse noticias eu avisaria, mais eles preferiram ficar lá mesmo na sala de espera, estavam meus pais, os pais de Martina e seu irmãozinho, Letícia, Matteo, Frederico e Ludmila.
Fui para o quarto ficar com Maria Flor, estávamos sozinhos sem a mãe dela.

- Senhor sente-se um pouco, ela não irá fugir dai. - disse a enfermeira.
- Eu gosto de olhar ela respirar.
- Não se preocupe, eu garanto ao senhor que ela está muito bem, só é necessário que ela fique aqui.

Ela preparou Maria Flor pois a pediatra iria vir examina-lá.

- Que menina forte você é! - disse a doutora enquanto examinava Maria. - Papai, pode ficar tranquilo que daqui 3 semanas essa gracinha já vai poder ir para casa.
- Obrigado doutora.

Fiquei lá acariciando Maria, e preocupado com Martina, até agora ninguém me deu noticias.

- Senhor Blanco?
- Sim! - disse me virando em direção a porta.
- Sou o doutor Romeu, como vai? - disse estendendo a mão.
- Prazer doutor, alguma noticia sobre minha esposa? - perguntei enquanto apertava sua mão.
- Sim, a senhora Martina sofreu alguns hematomas no corpo, já fui informado que ela foi sequestrada, provavelmente devido a isso, ao estresse ela acabou dando a luz antes da hora e em condições nada favoráveis.
- Sim, mais vá direto ao ponto por favor.
- Tudo bem, Martina teve complicações mais conseguimos contorna-los, ela está bem e daqui a pouco virá para o quarto para ficar com o senhor e sua filha, peço apenas que o senhor não a deixe fazer esforço, já que ficará por aqui eu imagino, o senhor cuide para que ela sequer levante da cama.
- Pode deixar doutor, a que horas ela vem para o quarto?
- Assim que acordar da anestesia, se o senhor quiser pode ir avisar a sua família que aguarda na recepção, por enquanto é melhor que ela não receba nenhuma visita, amanhã se o quadro estiver melhor eu irei permitir visitas em horários controlados.

Fui até a sala de espera e dei a noticia a todos, comemoramos e então eu pedi para eles irem para casa descansar, quando tivesse mais noticias eu informaria.
Voltei para o quarto e fiquei lá com Maria, ela dormia quietinha eu segurei sua mão, minha vontade era de pega-lá no colo.

- Jorge? - disse Martina sendo empurrada em uma cadeira de rodas.
- Meu amor, - fui até ela e abaixei dando vários selinhos. - como você esta?
- Estou bem, um pouco fraca!