Cativeiro II

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Chegamos em Cozumel, eu já havia ido lá algumas vezes com minha família, mais dessa vez não seriam férias, nem passeio.

- Você sabe para onde eles foram?
- Desculpe senhor Blanco, mais eu não vi para onde eles foram.
- Tudo bem eu irei procurar, tome! - dei um bolo de dinheiro a ele.
- Não, eu não quero, só espero que você encontre sua senhora!
- Por favor, você foi o único que me deu noticias dela. - ele aceitou e foi embora.
Eu não sabia por onde começar, andei por todos os lados mostrando foto dela e perguntando mais ninguém havia visto.

Meu pai e o pai de Martina chegaram em dois jatinhos com uma equipe de seguranças contratados para trabalharem junto com a policia, um helicóptero da policia de Cancún chegou e seguiu para a delegacia mais próxima de Cozumel, os homens de meu pai começaram as buscas.
Alugamos quartos em um hotel, eu decidi que não sairia dali sem Martina.

Por Martina.

Eu havia terminado toda a limpeza, Augusto não havia chego ainda, então eu me deitei no nossa exausta, precisava descansar, comecei a chorar, não sabia o que me aconteceria daqui a algumas horas, estava com saudades de Jorge e estava me sentindo estranha pois minha filha não estava mais mexendo dentro de mim, um medo tomou conta, pensei no pior, pensei que ela havia morrido dentro de mim, adormeci.
Uma hora de sono eu acordei, ouvi alguém mexer no trinco da porta, eu corri para o canto da sala e sentei no chão encolhida, seja lá quem fosse eu não queria estar exposta.
Augusto entrou pela porta, completamente bêbado, se foi para o quarto e se jogou na cama.
Aquele seria o momento ideal para fugir, ele havia deixado a porta destrancada, a casa era no meio do mato, mais se eu cheguei aqui andando vou conseguir voltar, fui até o quarto e peguei as chaves que estava perto de suas mãos lentamente para que ele não acordasse, aquele barro de pinga estava dando pra sentir a quilômetros de distancia, consegui pegar as chaves quase vomitando e quando eu ja estava andando de frente para a porta ele se mexeu.
- Martina, onde vai? - disse meio sonolento.
- Vou buscar um cobertor para mim meu amor, você quer?
- Sim! - disse se virando para o outro lado dormindo de novo.

Após sair do quarto eu corri em direção a porta, tranquei e lancei a chave o mais longe que consegui, estava cercado de mato, estava escuro, eu não sabia se era seguro andar de noite por lá, mais era melhor ser morta por um animal do que continuar ali, corri mata a dentro sem saber para onde eu estava indo, me esforcei ao máximo que consegui, a barriga estava pesada e eu conversava o tempo todo com minha filha.

- Meu amor, se ainda estiver viva, mexa para a mamãe!

Nada, ela não se mexia e o desespero dentro de mim foi aumentando, continuei andando via o brilho da lua que ficava mais intenso, não sabia que horas era, apenas sabia que eu já estava longe pois andei por horas, continuei andando o mais rápido que conseguia, queria ficar o mais longe possível daquela casa, de Augusto.
O dia estava amanhecendo, mais a mata era muito fechada então não ficava tão iluminada, ouvi um barulho forte de água, meus pés estavam cansados e inchados, imaginei que fosse o mar então me esforcei mais e corri em direção ao som, mais não era o mar, era uma cachoeira escondida, não havia vestígios de visitas humanas ali.
Bebi daquela água e mergulhei de roupa e tudo, fui até a queda da cachoeira e para minha surpresa atrás da queda havia uma caverna, me abriguei lá pedindo a Deus para que Augusto não me encontrasse.

Bebi daquela água e mergulhei de roupa e tudo, fui até a queda da cachoeira e para minha surpresa atrás da queda havia uma caverna, me abriguei lá pedindo a Deus para que Augusto não me encontrasse

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