– Que tédio – comenta, ela com sua colega.
– Bem-vinda ao meu mundo. – Katty sorri. – Às vezes, alguns velhos nobres aparecem por aqui e sabe... – Ela sorri com o canto da boca.
– Não – diz Skaravela – Não sei.
Katty, a olha indignada.
– Deixa de ser ingênua, sua retardada. – Ela aponta para a entrada. – Moedas de ouro a caminho.
Skaravela olha para a direção que a outra mulher aponta. Um homem vem vindo, usando das mais belas roupas, obviamente é rico. E velho.
– Oi, como posso ajudar? – Katty o complementa sorridente.
– Olá, belas damas. – Sua voz é rouca, certeza que fuma. – Vim negociar minhas sacas de milho com Dona Blanca.
Katty sorri e balança a cabeça.
– Aham, pode deixar. – Katty entra por uma porta, talvez aquela a levasse ao local de trabalho de Dona Blanca.
O homem desvia o olhar para Skaravela, a olhando de cima a baixo. Esse ato faz com que seu corpo se sinta ameaçado.
– Quem é você? – Ele sorri. Seus dentes são todos amarelos. – É nova na redondeza?
Skaravela olha para onde fica o forno e depois para o homem.
– Sim. – Sua voz sai trêmula. – Sou Skaravela.
O homem começa a rir. Uma risada rouca e escandalosa, nessa hora, a maior parte das pessoas ali presentes desviam o olhar para eles.
– Escaravelho? – O homem coloca a mão na barriga, que por sinal, é grande. – Que porra de nome é esse?
Algumas pessoas riem baixinho nos outros cantos do senhorio.
– Não é Escaravelho, e sim, Skaravela – corrige, ela.
– Dá na mesma. – O homem a fita. – Escaravelho, vira-bosta e besouro. É tudo a mesma porra de inseto.
Ela suspira, não poderia xingar um cliente. Mas, queria.
– O que sua mãe é? Colecionadora de praga ou bruxa de beira de estrada? – zomba.
– Nem um, nem outro. – A voz dela sai um pouco alterada.
O homem, se cala e a encara revoltado.
– Quem você pensa que é, porcaria? – grita.
Antes que Skaravela dissesse algo, Katherine aparece pela porta com um sorriso no rosto. Felizmente, acabando com essa palhaçada.
– Senhor – chama – Dona Blanca o espera.
Ele sorri para Katty e mostra o dedo do meio para Skaravela.
– Perdi alguma coisa? – pergunta a mulher de cabelos negros, sorrindo.
– Nada, esquece – responde, calma.
– Logo no primeiro dia já está causando. – Katty ri. – Não esquenta, você acostuma.
– Que os deuses te ouçam. – Elas riem.
Uma jovem mulher, descabelada e suja, entra apressada.
– Quanto é pra usar a caixa de fogo? – Ela fala tudo enrolado, mal dava para entender.
Skaravela, a olha com um pouco de pena.
– O forno? – corrige, Katty.
– Isso – concorda.
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A Skaravela.
FantasyEm terras distantes, onde reis ostentam seu poder e fazem suas "cagadas" para o bem próprio. Nasce as tão esperadas herdeiras do reino. Mas, nem tudo foi magnífico como o esperado. Após ser sequestrada dos braços de sua mãe, Skaravela cresce num...