Capítulo XIII

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   O sol já se esconde por de trás da linha do horizonte na hora em que Katherine insulta os pobres guardas do castelo.

   – Quem você pensa que é para me proibir de entrar? – grita ela.

   – Moça, por favor, vai embora.

   – Você sabe quem eu sou?

   – Meu parceiro e eu não temos tempo para ficar aqui reconhecendo e batendo um papo com você – diz o homem, já sem paciência – Então, vai embora!

   – Eu sou amiga do seu príncipe, então saiam da minha frente e me deixem falar com o rei. – Katherine começa a dar tapas nos guardas. – Tenho um assunto do interesse dele.

   – De novo a mesma desculpa, tente ao menos ser original.

   Katherine se revolta, ainda mais, com o homem.

   – Sai! – grita ela.

   O guarda abre a boca pronto para dizer algo parecido com "vá embora", mas antes que as palavras saíam de sua boca, as portas do castelo se abrem.

   – O que está acontecendo aqui?

   – Meu senhor...

   – Fhellipe, esses incompetentes estão me proibindo de falar com... Você – interrompe Katty.

   – Podem deixá-la passar – diz, entediado – Eu a conheço.

   Katherine beija o próprio ombro ao passar pela porta, provocando os dois guardas.

   – Me diga o que lhe trouxe aqui? – pergunta, fingindo interesse.

   – Eu queria falar sobre o nosso beijo – responde, enquanto apressa os passos para alcançar o príncipe.

   Fhellipe para e se vira para ela.

   – Olha, eu não sei o que foi aquilo, mas de minha parte já deixo claro que não há interesse.

   Katty sorri, convencida.

   – E isso importa? – Ela o segura pelo braço, impedindo que fique de costas para ela. – Eu só quero que saiba que eu te amo e não sou do tipo que desiste fácil.

   – Mas, é melhor desistir do que insistir no erro. Não é o que dizem?

   – Escuta, não vou ficar me rebaixando aos seus pés, então pare de se achar o centro das atenções e abre os olhos. – E o jeito "Katty" de ser ataca novamente. – Fora isso, não vim aqui apenas para... Deixa quieto. Cadê seu pai?

   – E o que você quer com o rei?

   – Isso te importa? – responde, friamente.

   – Para quem estava tão doce vejo que se amargo rapidamente.

   Katherine ri, debochada.

   – Você disse que não queria falar de sentimentos. – Ela transforma das palavras dele uma arma de defesa. – Onde está o rei?

   – Saiu e não tem hora para voltar.

   – Maldição! – esbraveja.

   – O que tanto quer com ele?

   Ela arquiteta rapidamente uma mentira convincente. Não irá falar que está ali para cobrar a dívida de casamento.

   – Problemas no senhorio.

   – Que problemas?

   – Vamos lá que eu te mostro pessoalmente. É difícil ficar explicando algo assim.

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