"Cansada de ser uma marioneta nas suas mãos, decidi que estava na altura de o jogo ser a dois."
Depois de se deparar com o olhar mais intenso que alguma vez tinha visto, a aventura que Lia procurava, começou e era muito mais do que alguma vez poderi...
Lia respirou fundo ao olhar para o vestido que esperava por si em cima do sofá. Foi escolhido com cuidado para aquela noite.
Ela perguntava-se se seria demais para a ocasião, mas queria causar algum impacto. Queria que ele a visse...
Acreditava que era só o que teriam o prazer de ter naquela noite, a visão um do outro.
No carro com YoungSik, Lia apertou as mãos nervosamente. Percebeu que ele a olhava e pensou em como era bom que ele não soubesse a verdadeira razão para a sua ansiedade.
Ao chegarem, Lia deparou-se com inúmeros fotógrafos e baixou a cara. Não queria que captassem aquele momento, em que ela chegava com YoungSik. Assim, ela ficou para trás e disse-lhe que se esquecera de fazer uma chamada importante.
Afastou-se da entrada principal e procurou outra forma de entrar, enquanto respirava com dificuldade. Ao ver uma zona ajardinada, Lia apressou-se a passar por entre os outros convidados que entravam, tentando esconder a sua cara das objetivas das câmaras.
Caminhou pela passadeira da mesma cor que o seu vestido. O barulho dos seus saltos a tocar o chão era aquilo que conseguia ouvir, aquilo em que se conseguia concentrar. Sentia o tecido do vestido vermelho, tocar suavemente as suas pernas enquanto se movia, sem abrandar, por entre a multidão.
Enquanto caminhava, retirou um copo de champanhe que lhe fora oferecido numa bandeja. Ia precisar de álcool naquela noite. Bebeu metade do líquido dourado sem sequer respirar, pois nunca sentira a garganta tão seca.
Após atravessar todo o salão, parou. Um arrepio atravessou o seu corpo. Não sabia explicar, mas conseguia sentir a sua presença. A comoção do grupo de pessoas que a envolvia confirmou as suas certezas. Respirou fundo.
Ao olhar para trás, pôde vê-lo.
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Não precisava de o procurar, encontrá-lo-ia entre milhões de pessoas, com facilidade. Ele sorria, enquanto falava com alguém.
Lia desviou rapidamente o olhar e bebeu o resto do champanhe. Mas sem conseguir evitar, voltou a olhar discretamente na sua direção. O olhar deles cruzou-se e Lia pôde ver como ele se virava na sua direção, para a poder encarar melhor. Era a sua forma de a cumprimentar.
Jimin parecia ter respirado fundo ao vê-la, como se apenas tivesse conseguido relaxar depois de a encontrar. Lia mal podia acreditar que era mesmo ele... Depois de tanto tempo, era até difícil acreditar que tudo não passara de um sonho.
Ele estava longe dela, mas Lia sentia-se como se ele estivesse bem na sua frente. O seu olhar intenso fitou a face dela e desceu lentamente por todo o seu corpo até aos seus saltos pretos. Lia queria ficar, mas também fugir, e nem conseguia mexer um músculo. Sentia falta da forma como ele a deixava sem noção, baralhada e apenas sendo capaz de se focar na presença dele. Ele sorriu de forma provocadora.
