DIA 20

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A noite passada veio cá a polícia. Passava da meia-noite e eu estava à espera na área de estar para ser escolhida por mais outro homem. A Sasha também lá estava, mais outras seis raparigas. Quando vi dois polícias fardados a entrar, com as armas no coldre, pensava que era uma rusga à casa.
Pela primeira vez em semanas tive verdadeira esperança. Iriam tirar-me daqui e enviar-me novamente para a Moldávia. Em breve iria abraçar a Liliana com tanta força que nunca mais a iria largar. Estes homens estavam aqui para nos salvar! Talvez me tivesse enganado quanto a Deus. Será que ele ouviu as minhas preces a pedir ajuda? Fiquei ofegante de tão empolgada que estava e tive de me segurar à mesa para não perder a força nas
pernas e não cair de alívio. ‘Oh, obrigada’, saiu-me da boca antes de dar conta que estava a falar. As minhas mãos voaram para
as minhas faces enquanto sorria e esperava que eles nos tirassem dali. ‘Obrigada por nos ajudar’, disse ao polícia. Sasha abanou a cabeça para mim, dando-me um aviso silencioso de que aqueles homens não estavam
lá para nos salvar. O polícia mais velho do grupo olhou para mim, ligeiramente divertido, e pude ver pela sua expressão
que não estavam ali para nos ajudar. De repente, quase não conseguia respirar. O meu coração batia errático, forte e descompassadamente.
Uma dor agonizante apertou-me o peito e desmaiei. Quando acordei estava no quarto. O polícia mais velho estava a penetrar-me com força, a sufocar-me
com o seu hálito a café. Depois foi a vez do outro polícia me penetrar. E, quando terminaram, o Violador veio ensinar-me uma lição.

TRAFICADA : Sibel Hodge  (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora