Ethan Rocco
Eu olho para estrelas, estou infeliz não tanto, a morte não me manda mensagens à umas cinco horas. A última mensagem foi na escola, a morte disse para mim: "Tik tok, o tempo passa e eu estou tragando sua vida. Venha para mim alma doente"
De fato, estou doente sim, muito. Mas a morte vim a cada hora me lembrar disso me deixa pior. Eu já pensei em me matar, mas não faz sentido eu me matar se eu estou com medo de morrer. A lembrança de quando eu tratei a menina mal me faz sentir enjoado, eu não queria que ela me visse naquele estado. Ela quis ajudar sim, mas foi humilhante...
Eu agora quero beber e esquecer, não estou ligando mais para o fim da minha vida.
Sigo na direção de um condomínio que tem uns riquinhos do bairro aqui perto, que de fato é o lugar onde eu não moro. Minha casa fica em um lugar mais distante, um lugar pobre, meus pais se divorciaram à um ano atrás. Resolvi morar com a minha mãe que fugiu, então vim morar na casinha apertada do meu pai e ele não é nada legal, só bebe o dia todo e joga baralho.
Então eu entro no condomínio, eu já vi umas pessoas roubando aqui. É uma casa que tem um buraco debaixo do muro. Eu resolvo roubar em outra casa, só uso essa casa para entrar no condômino, não queria entrar pelo portão. Vão reconhecer meu rosto de foragido, eu devo imaginar a menina do café na casa dela pensando no dinheiro que teria ganhado de recompensa se soubesse antes o que eu fiz à professora.
Entrei pelo quintal dos fundos, fui pelo corredor estreito entre a parede da casa e o muro da casa. Um pensamento me parou, como que eu vou sair do quintal se o portão estiver trancando? Ai! Como eu sou um jegue! Mesmo assim continuo, ando em passo de fantasma até o portão e puxo o portão, o portão está trancando. Droga!
Uma ideia idiota passa pela minha cabeça, sigo até a porta da casa lentamente. O piso de madeira range debaixo dos meus pés, abaixo de mim percebo um tapetinho "Bem-vindo" diz nele, levanto o tapete e pego uma chave... a do portão estava ali. Os donos dessa casa são muito idiotas! Seguro a risada para não dar merda, é bem tarde devem estar todos dormindo.
Atravesso o quintal, mas quando estou quase na metade um latido faz meu coração parar. Não sei se era da minha cabeça mas o rottweiler tinha uns três metros!!!
-Devagar cachorrinho, devagar... - Dou passos lentos para trás e o cachorro rosna alto. -Calma, calma...
O cachorro avançou e eu saí correndo, uma árvore perto do muro. Como eu não vi antes??? Eu subo as pressas e o cachorro por pouco brinca com a minha perna. A coisa está piorando! A casa daquele quintal era linda, mas não tinha ninguém dentro. Resolvo sair dali. Subo a árvore que é bem mais alta que o muro com o arame farpado e elétrico, eu vou ter que pular de cima da árvore lá embaixo no mínimo quebro as pernas ou morro, já passou da hora da minha morte.
Eu pulo de lá de cima e quando caio, ao invés de cair no chão, eu caio em cima de um carro, uma BMW. Ele começa a disparar o alarme, vai dar treta. Consigo levantar, não sofri quase dano nenhum. Mas o carro... a porta da esquerda abriu, ufa! Eu abro mais a porta e pego rapidamente a carteira do porta-luvas.
Eu corri antes que eu alguém me visse, entrei em um beco ali perto e fiquei arquitetando como sair dali e a minha esperança apareceu ali.
Bem diante de mim um caminhão cheio de areia e uma lona áspera e azul por cima, eu penso em chegar perto. Mas vacilei o caminhão começa a andar, merda! Eu corro e quando chego perto dou um salto, minhas mãos seguram a parte de cima da caçamba e a minha perna escorrega. E eu perco a força de uma mão, e fico pendurado pela mão esquerda.
-Aaaaaai! Para esse caminhão, seu filho da... - Uma buzina abafa o som da minha voz.
Meu pé acerta a placa do carro e eu dou um impulso e já estou debaixo da lona, por pouco morri. Acho que essa morte está de blefe, eu acho que ela só quer estragar minha vida e está conseguindo.
Por uma frestinha da lona, vejo o carro amassado no capô, os vizinhos em volta e a polícia anotando tudo. O caminhão passa à uns centímetros de distância e meu coração dispara, ele está saltando do meu peito. E então passa direto, eu acho que estou num pesadelo que não acaba.
O caminhão saiu do condomínio e logo um pouco mais depois, o caminhoneiro para o caminhão para abastecer em um posto. E eu saio imediatamente, pulo e me afasto.
Logo na esquina, olho dentro da carteira e vejo bastante dinheiro vivo para umas cinco televisões de 50 polegadas e um cartão de crédito. Ganhei na loteria, ou roubei na loteria.
Agora penso, aonde eu vou? Antes de fugir, vou passar na balada e encher a cara. Depois saio desse inferno.
A balada do paredão vai ser massa hoje, eu vou ir para lá com certeza.
Chego na fila da balada que está grande, observo umas pessoas tatuadas bem iradas, outras pessoas mais descoladas, eu com roupas sujas e nada a ver, mas tudo bem...
-Ei, menino! -Uma garota loira de cabelo curto, estava junto ao um grupo que eu não tinha percebido me chamou. -Ei está sozinho? Vem ficar aqui com a gente.
-Tudo bem, gata. -Eu olhei para a menina loira muito gata e ela sorriu.
-Essa cantada foi péssima, mas eu gostei de você. -Ela me olhou de cabeça aos pés. -Prazer meu nome é Miley e o seu é?
-Ethan. -Olhei para o resto do grupo
-Eai galera, como se chamam?
-Eu sou Ally. -Uma menina loira de cabelo longo de olhos azuis.
-E eu sou Jennete. -Quando olhei para Jennete percebi que ela e Ally eram irmã gêmeas.
-Eu sou Harry. -Um cara maneiro de cabelo enrolado.
-E eu sou Potter, estou brincando. Eu sou Niall. -Um cara loiro bem legal, fora essa piada do "Harry Potter" que foi bem forçada.
-Então alguém aqui sabe tocar guitarra? -Perguntei
-Eu mando bem um pouco. -Ally disse. -Você sabe tocar?
-Não, mas é legal.
Quando eles perceberam já eram os próximos da fila, entraram na balada e logo avistaram o paredão. Era onde as pessoas ficavam dando amassos ali, a parede era toda preta e grande. Na frente tinha o palco e agora um dj tocava uma porrada de músicas maneiras, tinha o bar no lado oposto do paredão e a pista de dança no meio.
-Quer ir ali pegar uma bebida comigo não, Ethan? -Perguntou a Miley com um sorriso safado nos lábios.
Ela está querendo, eu sei. Eu vou pegar essa mulher hoje! Caminhamos até o bar e pedimos uma vodca, bebemos e depois fomos dançar na pista. Eu cheguei mais perto dela e dei um beijo.
-Vamos para parede! -Miley gritou para que eu ouvisse
-Pra já! -Eu arrasto ela até a parede e nós temos uma cessão de amarrar língua uma na outra.
-Quero te mostrar minha habilidade especial. -Ela diz no meu ouvido e eu estou ansioso.
Então ela toca a mão na minha testa, e logo após eu sinto cócegas e no meu ombro e em lugares que eu pensei que era impossível sentir cócegas. Eu achei super estranho, mas eu disse:
-Nossa... que demais! -Eu acho que não fui convincente, mas então ela deu um sorriso e eu vi que deu certo meu elogio.
Eu vou chegar perto para beija-la de novo, mas então a música para, vejo as pessoas se abaixando e uns caras armados entrando e gritando:
-Todos no chão!!!
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Até o Nosso Tempo Acabar
Fanfic"Seguro o rosto de Lauren ainda desacordada, nossos corpos estão encharcados com a água salgada do maldito mar, olho para meu único amor e percebo que não vou conseguir reanima-la. -Desculpe... -Minhas últimas palavras para Lauren, e então lembro do...