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Voltamos no começo da noite. Entrei em meu apartamento primeiro, deixando Johnny e Chohee para trás. Fui direto ao meu quarto para deixar a sacola da compra, pegar uma roupa e tomar um banho, eu estava afim de me deitar um pouco.

— Foquinha, eu vou na farmácia com a Chohee, ela quer comprar um remédio. — Johnny apareceu na porta do meu quarto.

— O que ela tem? É cólica? — perguntei preocupada.

— Não, dor de cabeça. — ele ficou segurando na maçaneta da porta.

— Ah! Remédio para isso eu não tenho.

Talvez eu tenha acabado com todos.

— Só vou esperar ela e já vamos, vi que tem uma farmácia aqui perto.

— Tudo bem. Enquanto isso vou tomar um banho.

Johnny ficou no sofá esperando Chohee. Entrei no banheiro para tomar meu banho, o tomei sem pressa. Depois que terminei, fiquei deixando a água morna cair enquanto pensava em minha vida, no filme que ela estava sendo. Também daria um bom livro.

Voltei para a realidade quando escutei o telefone, que ficava na sala, tocar. Desliguei o chuveiro de pressa e me enrolei na toalha. Saí quase voando pela porta do banheiro, mas parei assim que vi Johnny com o telefone no ouvido e me encarando sem piscar.

— Tudo bem. Até mais tarde. — Johnny desligou o telefone.

— J-Johnny, n-não escutei vocês chegando. — segurei a toalha para não ter o perigo de cair.

— Hm... N-na verdade eu nem fui. — ele olhava para o chão e para mim. — Chohee disse que iria sozinha mesmo. — ele estava com as bochechas vermelhas. Johnny se virou de costas.

— Desculpe por isso. — meus pés ficaram colados no chão.

— Tudo bem, eu devia ter avisado que ainda estava aqui.

— Não, não é culpa sua. Não mesmo. — eu falava para suas costas.

Senti meu rosto esquentar. Eu devia parar de falar e sair logo dali.

— Acho que vou colocar uma roupa. — voltei correndo para o banheiro e tranquei a porta.

Suspirei. Encostada na porta pensei no que tinha acabado de acontecer, eu queria rir, mas estava constrangida demais. Eu não queria ter que sair do banheiro e ter que olhar para ele, a cena ficaria na minha cabeça. Terminei de me secar e coloquei minha roupa. Abri a porta devagar para ver se ele ainda estava na sala, mas não vi nem um sinal dele, acho que estava no quarto.

Andei depressa para o meu quarto e me tranquei lá dentro, esperando não ter que sair mais, não por hoje pelo menos. Me joguei na cama, mas logo escutei batidas na porta, bati em minha testa com a mão e murmurei um "droga", me levantei e a abri, Johnny estava ali.

— Sim? — dei um sorriso amarelo.

— Er... — pigarreou. — Era a sua mãe no telefone.

— O que ela disse?

— Disse que minha mãe vai cozinhar hoje e é para irmos jantar com eles na casa dos seus pais. — olhou para o chão.

My Best Friend | Johnny SeoOnde histórias criam vida. Descubra agora