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— Deixa para lá. — Johnny desconversou. — Querem o milkshake já? Eu quero. 

— Pode ser. — Chohee concordou. 

— Tudo bem. — o olhei desconfiada. 

Johnny estava claramente tentando disfarçar o que havia dito. Mas eu com certeza não iria conseguir tirar aquilo da minha cabeça o resto da nossa noite. Eu ainda iria descobrir o que ele estava escondendo de mim. 

Nós tomamos nosso delicioso milkshake de morango de sobremesa que foi preparado por Riky e ele não nos cobrou pelo doce. Com certeza foi o que mais senti falta. No final Johnny pagou nossa conta, mesmo eu dizendo muitas vezes que podíamos dividir mas ele insistiu e quando eu fui entregar minha parte, ele não deixou. 

— Voltem mais vezes agora, crianças. — Riky foi nos acompanhando até a porta. 

— Eu dou minha palavra que eu volto, sim. — levantei meu dedo mindinho. — Eu não sabia que sentia tanta falta desse lugar, até entrar aqui de novo essa noite. 

— É, eu também senti muita falta. — Johnny olhou em volta. A lanchonete já estava vazia. — Voltarei quando eu puder, juro. 

— Sabem o caminho. — Riky abriu a porta para nós. — Boa noite para vocês. 

— Boa noite. — dissemos todos juntos. 

Voltamos para o meu apartamento com bastante sono, como havíamos saído tarde, voltamos de madrugada. Então quando caí na cama, não demorei para pegar no sono. 

***

No outro dia pela manhã, meu relógio biológico me despertou antes da hora que eu pretendia acordar. Virei para o lado na esperança de voltar a dormir mas barulhos vindo da cozinha me incomodaram. Levantei já que não iria dormir mais. Escovei meus dentes e depois fui investigar o que estava acontecendo. Me deparei com Johnny na cozinha, mexendo em meus armários. 

— Olá, bom dia. Posso ajudar? — me aproximei do balcão que separava a cozinha da sala. 

Johnny parou de mexer no armário em cima da pia e se virou bruscamente. 

— Que susto! — ele falou levando a mão ao peito. 

— Se você se assustou é porque está aprontando. — me sentei em uma das banquetas atrás do balcão. 

— Não estava, não. Eu só queria achar o pó de café. Queria ser um bom hóspede. — ele fechou o armário que estava vasculhando. 

— E pulou cedo da cama pra fazer isso sozinho? 

— Era para ser uma surpresa, uma forma de agradecimento. —Johnny deu um sorriso quadrado. 

— Não precisa disso, Johnny. — levantei e fui até o armário em que eu guardava o café. 

— Eu também iria fazer as panquecas que você gostava de comer quando ia na minha casa. — ele se encostou na pia. 

— Ah! Então precisa, sim, Johnny. Pode colocar a mão na massa,eu deixo você usar o que quiser da minha cozinha. Suas panquecas são deliciosas. — falei animada, lhe entregando uma frigideira. 

— Eu queria mas não tem os ingredientes, — Johnny balançou uma caixa de leite quase vazia. — então faria o café primeiro e depois eu iria sair para comprar o que eu irei precisar. 

— Então vamos lá, meu amigo. O meu café acabou ontem e agora que você mencionou, eu lembrei que eu deveria ter comprado ontem. Me espere, vou trocar de roupa. 

Corri para o meu quarto, coloquei uma calça jeans e a primeira camiseta que vi no guarda-roupa. Passei os dedos pelo cabelo para ajeita-los e o prendi em um rabo de cavalo. Ajeitei a cama e saí. Johnny já me esperava na porta. 

My Best Friend | Johnny SeoOnde histórias criam vida. Descubra agora