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- Como assim foi embora? - perguntei chocada.

Eu dormi por algumas horas e ela foi embora. O que será que havia acontecido? Espera. Isso significa que estamos sozinhos agora? Comecei a ficar nervosa, eu podia ouvir meu coração acelerando.

- Eu voltei agora a pouco do aeroporto. - Johnny se sentou no sofá outra vez.

Está explicado porquê estava um silêncio na casa quando acordei. Eu nem escutei quando eles saíram.

- Ela estava bem? O que aconteceu? - me aproximei e sentei no sofá ao seu lado.

- É uma longa história... Nós... terminamos e ela não quis mais ficar aqui. - ele deu de ombros.

- Terminaram...? Eu sinto muito, Johnny. - acariciei seu ombro.

Será que eu tinha a ver com o término?

- Tudo bem. Estávamos tendo umas complicações nesse relacionamento já tinha algum tempo.

- Você quer conversar?

- Quero! - ele me olhou e eu congelei.

- Também quero conversar com você.

Será que nós dois já sabíamos o assunto dessa conversa.

- Mas antes preciso ir à casa da Kate antes que ela surte. E depois avisar meus pais que Chohee foi embora. - Johnny se levantou.

- Quer que eu te leve até a casa dela? Aí depois podemos ir até a casa dos meus pais e você pode dizer aos seus pais o que houve.

- Tudo bem então, vamos lá.

Peguei a chave do meu carro e saímos. Eu já sabia onde Kate morava, então Johnny não precisou mostrar o caminho. Não toquei no assunto do término de novo, nem sobre o que ele queria conversar, eu estava curiosa para saber o que houve, mas não iria perguntar.

Não demorou até chegarmos em frente a uma casa branca de dois andares enorme. Só estive ali uma vez na minha vida, eu ainda era pequena. Era a casa da tia de Johnny e uma vez ela convidou minha família para uma festa surpresa de aniversário de casamento para os pais de Johnny. Lembro de ter me perdido dentro da casa grande, e foi aí que conheci Kate, a prima de Johnny, pela primeira vez.

Johnny foi em minha frente até a varanda da casa, eu disse que podia esperar no carro, mas ele pediu para eu ir junto. Ele tocou a campainha e esperou. Logo Kate apareceu.

- Johnny... Digo, girafa... Quanto tempo... - ela o abraçou. - Ainda continua mais alto que eu.

- Você que é muito baixa.

- Sou nada. Pensei que só conseguiria ver vocês na sexta para o jantar, está uma correria essa semana.

- Eu imagino.

- Gabriela, oi. - ela me abraçou também. - Você eu ainda vejo por aqui. - ela sorriu e olhou para Johnny. - Às vezes encontro ela pelo centro indo para o trabalho de bicicleta. - olhou para mim novamente. - Acho que vou começar a fazer isso, quem sabe não fico com o bumbum igual o seu.

Eu ri. Esqueci de mencionar que Kate é meio doidinha.

- Venham, entrem logo. - Kate nos chamou para dentro. - Minha mãe não está no momento, ela foi resolver uns negócios.

Kate entrou na frente e nos guiou até a sala de estar. Uma sala que definitivamente era maior que meu quarto. Eu e Johnny nos sentamos no sofá enorme e macio, e Kate se sentou em uma poltrona.

- Como você está, Kate? Nem conseguimos parar para conversar quando nos vemos por aí. - falei.

- No momento estou quase ficando doida com essa correria toda e muito ansiosa. Mas fora isso, é só arco-íris e passarinhos aqui dentro de mim, - levou uma mão ao peito. - tudo tranquilo.

- Imagino que para o casamento se fica ansiosa a partir do momento em que se marca a data. - ri.

- Sim! Não sei se é assim para todas, mas para mim é. E agora que falta menos de uma semana eu estou quase tendo um ataque. - Kate se abanou.

- Vai dar tudo certo.

- Vai dar... Assim que eu correr atrás de outra madrinha. - Kate se virou para Johnny. - Já que uma delas decidiu ir embora bem agora.

- Me desculpe por isso. - Johnny esfregou a mão na nuca.

- O que aconteceu com sua preciosa? - Kate questionou.

- Nós terminamos. - ele olhou para baixo.

Kate se surpreendeu.

- Bem agora?

- Sim! Foi mal. Se quiser me tirar da lista de padrinhos, tudo bem. Posso ir só como convidado mesmo. - Johnny deu de ombros.

- Não, Johnny. Eu planejava te ter como padrinho mesmo, meu noivo também concordou com isso e como você estava namorando, pensei que seria uma nova integrante da família. Nunca imaginei que vocês poderiam terminar bem na semana do meu casamento. Loucura, imprevistos acontecem, não é? - Kate ironizou.

- Nem eu esperava, foi mal mesmo, Kate. - Johnny não sabia mais como pedir desculpas. - Quem vai colocar como nova madrinha?

- Eu não fazia ideia... Até você chegar com essa luz no meu caminho. - Kate indicou a mim.

- O quê? - perguntei.

- É isso aí, bebê. Você quer ser minha nova madrinha? - pediu com as mãos juntas.

- Nossa! Seria uma honra, Kate. - respondi.

- Ótimo. E outra que eu conheço mais você do que a namorada com quem Johnny iria vir. Na verdade, eu tinha nos meus planos chamar você com o Johnny, mas quando chamei o Johnny, ele disse que viria com a namorada. Mas agora está tudo nos trilhos de novo. - Kate suspirou aliviada.

- Mas espera... E o vestido? - perguntei.

- Acha que consegue achar algo rosa bebê até sábado? Longo, para especificar.

- Sim, - balancei a cabeça. - acho que consigo trocar o vestido que comprei por outro do mesmo preço e do jeito que precisa ser.

- Ótimo. - Kate levantou as mãos para cima agradecendo. - Me ligue até sexta para confirmar que conseguiu.

- Sim, eu ligo.

- Bom, então acho que resolvemos o que era preciso. - Johnny se levantou. - Desculpe mais uma vez, Kate.

- Agora já foi e está resolvido. Vejo vocês na sexta para o jantar?

- Claro! - eu e Johnny respondemos juntos.

Já estávamos na porta quando Kate falou atrás de nós.

- Vocês vão ser nesse casamento o que eu sempre achei que seriam um dia... Um casal. Meu sonho de princesa ver vocês dois juntos.

Olhamos para trás e Kate acenou e fechou a porta. Eu e Johnny nos entreolhamos.

- Ela... Er.... - Johnny olhou para o chão.

- Meio doida? - falei sem olhar para ele.

- Sim! - confirmou.

Fomos para a casa dos meus pais, lá não demoramos muito. Os pais de Johnny ficaram preocupados e curiosos sobre Chohee, mas ele explicou tudo, sobre eu ser a nova madrinha também. Logo depois, voltamos para o meu apartamento.

- Dia longo, não é? - falei indo direto me jogar no sofá.

- Nem me fale. - foi Johnny quem fechou a porta. - É muita coisa acontecendo para poucos dias, parece que não termina nunca.

- Você quer que essa semana acabe? - me ajeitei no sofá e ele se aproximou.

- Eu? Não!... E você? - Johnny ficou na beirada do sofá.

Neguei com a cabeça.

- Não quero, porque você vai embora.

- Hum... Acho que precisamos conversar.

- Eu também acho. - me levantei e me aproximei dele. - Você pode começar.

Johnny comprimiu os lábios e olhou para baixo. Mordi os meus lábios esperando. Segundos depois ele levantou a cabeça, segurou meu rosto com as duas mãos e levou sua boca até a minha.

My Best Friend | Johnny SeoOnde histórias criam vida. Descubra agora