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Eu me lembrei do que Johnny havia dito naquela noite. No começo eu não havia entendido mas depois foi como um estalo, entendi a que parte ele se referiu, foi quando subi nas costas dele. Eu só estava apavorada na hora que fiz aquilo e ele dizer aquelas coisas me fez começar a criar esperanças na época. Não sei se hoje ele se lembrava dessa parte da noite. Com qual intenção Johnny havia falado aquilo eu nunca soube. Muitas vezes eu ficava confusa com ele por dizer coisas que para mim vinham com outro sentido. Será que eu estava iludindo a mim mesma? 

Cessamos a risada e Chohee nos olhava soltando risadinhas sem entender muito bem. 

— Você é doida, foquinha. — disse Johnny colocando as mãos no quadril. 

— Faz tempo que não sou chamada assim. 

— Por que enterrou esse apelido? Foi eu que inventei. — fez cara de decepção. 

— Eu não enterrei, é que... você era o único que me chamava assim. 

— E por que desse apelido? — Chohee entrou na conversa. 

— Porque quando Gabriela dá gargalhadas, ela se empolga. Ela começa a bater as mãos nas pernas, ou bate palmas, o que lembra uma foca. Aí uma vez chamei ela de foca e o apelido ficou. 

— Que bonitinho. — Chohee riu. Aquela risada soou meio falsa. 

— Vem, vou mostrar o quarto para vocês. — falei para acabar com aquele clima. 

Guiei eles pelo sala até chegar em um corredor com três portas, duas do lado direito e uma do lado esquerdo. 

—Essa primeira porta é o banheiro, a última é o meu quarto e essa,— abri a única porta do lado esquerdo. — é onde vocês vão ficar. 

— Uma cama de casal, perfeito. — Chohee comentou assim que viu o quarto.Mordi minha bochecha por dentro. 

— Podem colocar suas coisas aí. — dei espaço para eles entrarem no quarto. 

— Estou tão feliz de vir pra Chicago, — ela colocou suas malas no canto e se sentou na cama. — nunca estive aqui antes, é uma cidade muito bonita. É uma pena que eu só tenha seis dias paraver tudo. — a asiática parecia estar aborrecida. 

— Acho que consegue ver os lugares principais nesses dias. — encostei no batente da porta. 

— Tirando hoje que já não dá tempo de ir em lugar nenhum, — Chohee contava os dias nos dedos. — sábado que é o dia do casamento e domingo que vamos embora, hum, então só tenho quatro dias. 

— Johnny pode te mostrar os mais legais então. 

— Ah! Quero que você também venha junto. — Johnny se pronunciou. 

— Quer? — eu e Chohee perguntamos em uníssono. 

— Sim, também quero passar um pouco de tempo com minha melhor amiga, faz tempo que não nos vemos. 

 Sorri com aquele comentário, mas fiquei meio confusa, pensei que ele queria ter um tempo com a namorada ou seja, sozinhos. 

— Tudo bem, acho que vai ser legal. Assim poderemos nos conhecer melhor. — Chohee balançou a cabeça e olhou para mim. 

— Verdade. Podemos aproveitar e ir ao shopping para vermos vestidos. Chohee, já arrumou seu vestido? 

— Na verdade eu e Johnny vamos ser padrinhos, a noiva já escolheu a cor do vestido das madrinhas e o meu já está certo. 

— Ah! Legal. Uma coisa a menos com que se preocupar... Então,vou deixar vocês se instalarem. Vou estar na sala, depois podemos combinar por onde vamos começar nosso passeio por Chicago. — encostei a porta do quarto e fui para a sala. 

My Best Friend | Johnny SeoOnde histórias criam vida. Descubra agora