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Compramos tudo o que Johnny iria precisar para fazer as panquecas, o café e umas coisas a mais, sempre acabo lembrando de algo que está faltando em casa ou quase acabando.
Colocamos as sacolas no guidão e voltamos do mesmo jeito. Meu estômago já estava implorando por algo, não via a hora de comer.

Eu e Johnny entramos no apartamento segurando as sacolas e rindo por causa do nosso passeio de bicicleta. Nos deparamos com Chohee, de pijama, se levantando do sofá.

— Onde vocês foram? — ela nos olhou cruzando os braços.

— Ao mercado. — Johnny mostrou as sacolas. — Eu pensei que você iria demorar para acordar por isso não avisei.

— Eu acordei agora a pouco, você não estava na cama e estava um silêncio, achei estranho.

Chohee caminhou até Johnny, pegou as sacolas e as colocou em cima do balcão.

— Nós fomos rápido. Espero que esteja com fome porque vou fazer algo bom. — Johnny começou a pegar os ingredientes da sacola.

— Mesmo? O que vai ser? — ela começou a olhar curiosa os movimentos de Johnny.

— Panquecas. — ele cantou.

— Hum! Vou trocar de roupa e já volto para ajudar. — ela andou até Johnny, segurou seu queixo e lhe deu um beijo rápido.

Continuei olhando para frente, mas de canto de olho, vi que Johnny olhou em minha direção depois do beijo. Fingi estar distraída fazendo o café.

Por quanto tempo eu ainda teria que aguentar ficar no meio disso? Posso não saber o que se passa na cabeça de alguém mas sei reconhecer uma expressão de poucos amigos, e essa foi a expressão de Chohee quando entrei com Johnny. Ela não gostou.

— O que vocês têm em mente para hoje? Pretendem sair? — perguntei colocando o café na garrafa térmica.

— Eu estava pensando em ir ao shopping. — Johnny já começava a misturar os ingredientes da panqueca. — Preciso ver um terno e não quero deixar para ver de última hora.

— O casamento é essa semana. Não quer deixar mais ainda para a última hora. — falei e ele cerrou os olhos para mim. — Brincadeira. — ri. — A última vez que fomos comprar um terno foi aquele que você usou no baile de formatura.

— Eu me lembro, foi em um sábado. — ele virou um pouco da massa na frigideira. — Nós só íamos ver um terno, mas quando saímos do shopping já estava quase fechando.

— Ah! Foi divertido. — olhei para um ponto fixo, me lembrando daquele dia.

— Foi muito divertido. Queria poder repetir aquele dia.

Entramos no shopping, que estava lotado, coisa que era normal para um sábado em Chicago. Ainda mais com o tempo chuvoso, as pessoas optavam por passeios em lugares fechados e o shopping era uma boa opção. Eu e Johnny aproveitamos essa tarde para fazer umas comprinhas. Na verdade, só iríamos ver um terno para ele.

— O que tem em mente? Um terno preto... cinza... azul? — perguntei enquanto estávamos a caminho da loja.

— Um azul seria uma boa opção. — Johnny pensou. — Um azul bem chamativo. — levantou e abaixou as sobrancelhas.

— Nem pensar, senão eu vou ficar bem longe de você, fingir que nem te conheço. — ri.

— Se fugir de mim, vou atrás de você e vou ficar grudado em você. E para quem ficar olhando vou gritar: eu vim com ela! — Johnny apontou para mim.

— Acho que um terno preto vai ser melhor. — comecei a andar mais rápido.

— Então eu compro um azul para usar no seu casamento. — Johnny acompanhou meus passos.

My Best Friend | Johnny SeoOnde histórias criam vida. Descubra agora