My Best Friend | Johnny Seo

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Depois de minutos procurando um restaurante para comer, finalmente escolhemos um. Enquanto almoçávamos, em minha cabeça se passava muitas coisas, eu não conseguia parar de pensar em todas aquela novidades que tinha recebido.
Troquei poucas palavras com Johnny, o clima tinha ficado estranho depois do que aconteceu mais cedo.

Por que as coisas tinham que estar assim? Esse tempo com Johnny aqui era para ser um momento divertido, não que não tenha sido, mas agora as coisas estavam indo para um lado diferente. Eu queria gritar com ele por me conhecer tão bem, mas não perceber meus sentimentos por ele. Não sabia que ele era tão lerdo assim.

Depois do almoço voltamos para o meu apartamento. Eu fui direto para o meu quarto, apenas dizendo estar com sono. Senti o olhar de Johnny em minhas costas enquanto eu me retirava. Chohee não entende o que está acontecendo e provavelmente já estava se sentindo desconfortável com isso tudo, até eu me sentiria.

Tranquei a porta e me joguei na cama, meu objetivo era pensar em como eu poderia acabar com aquela tensão que estava entre nós, mas acabei mesmo pegando no sono.

Acordei de repente. Um vento gelado entrou no meu quarto, me levantei e fechei a janela. Peguei meu celular para ver que horas eram, o relógio marcava cinco horas da tarde.

Estranhei o silêncio no apartamento, saí do quarto e encontrei o corredor vazio e silencioso, caminhei até a sala e estava do mesmo jeito. A porta do quarto de hóspedes estava fechada, imaginei que os dois também caíram no sono, não quis bater na porta para não acordá-los.

Fiquei uns minutos sentada no sofá. Ficava mais escuro a medida em que o sol se escondia mais. Decidi sair um pouco, só que sozinha dessa vez. Peguei uma blusa, o celular e um pouco de dinheiro, fui a pé mesmo.

Caminhei por longos minutos sem um destino certo, essa hora a rua estava bem movimentada, já que muitos estavam voltando do trabalho. Quando levantei a cabeça vi o Skydeck algumas quadras à frente.

Passei na frente da loja de presentes onde estávamos de manhã, acabei parando e entrando na loja. Andei um pouco pelos corredores, parei em uma das prateleiras e peguei um globo de neve de Chicago, levei até o caixa, Lucas ainda estava ali.

— Oi Gabriela.  — Lucas sorriu assim que me viu.

— Oi... De novo. É para presente. — falei indicando o globo de neve.

— Tudo bem, eu vou embrulhar para você. — ele foi para o fundo da loja.

Decidi comprar o globo para Johnny. Sei que logo ele iria embora de novo, então eu queria que ele levasse embora uma lembrança daqui, e talvez isso pudesse mandar embora o clima estranho.

— Aqui está. — Lucas colocou a sacola, com o presente já embrulhado, em cima do balcão.

— Obrigada. — lhe entreguei o dinheiro. — Lucas! — o chamei.

— Sim? — ele me olhou.

— Seu expediente já está acabando?

— Está sim, por quê?

— Quer ir tomar um café comigo? E conversar? — coloquei minhas mãos no bolso do casaco.

— Claro. Tudo bem. — Lucas concordou. — Você pode esperar só mais dez minutinhos? — ele olhou para o seu relógio no pulso.

— Posso... Eu vou esperar lá fora, nos bancos.

— Ok.

Saí da loja e fui até uns bancos de concreto que tinha há alguns metros da loja. Fiquei perdida em pensamentos que nem reparei os dez minutos passarem. Me assustei quando Lucas surgiu falando atrás de mim.