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— "Espere trinta segundos se não der certo no momento que foi despejado, talvez você não tenha mexido tão bem." Foi isso que o professor falou. — Johnny ditou.

— Eu não lembrei disso na hora, estava mais preocupada em saber se o teste iria funcionar, já que o segundo havia falhado. — dei de ombros.

— Ainda bem que no dia da feira de ciências funcionou, tiramos um dez.

Eu e Johnny fizemos um high five.

— Quantos anos vocês tinham aqui? — perguntou Chohee.

— Quatorze. — respondeu minha mãe.

— Que fofos.

— Foi a fase que eles estavam começando a ficar mais quietos, — minha mãe falava enquanto folheava o álbum. — esses dois quando se juntavam, às vezes, era só bagunça ou aprontavam algo. Está vendo meus cabelos brancos? — ela apontou para os cabelos. — Metade foi por causa deles.

Todos rimos.

— Nem me fale. — Myeo-ryun colocou dedos na têmpora. — Gabriela podia ser quieta, mas, quando se juntava com o Johnny...

— Meu Deus! Lembra daquela vez do passeio na fazenda? — minha mãe perguntou para Myeo-ryun.

— Quando eles tinham sete anos? Ah, se lembro. — Myeo-ryun olhou para mim e Johnny.

— Eu ainda dou muita risada disso. — meu pai entrou na conversa.

— Eu lembro vagamente desse dia. — Johnny comentou.

— Já eu me lembro muito bem porque ouvi umas broncas da minha mãe quando cheguei em casa. — falei me sentando no sofá.

— Agora fiquei curiosa. O que aconteceu? — Chohee perguntou se sentando também.

Eu acordei animada naquela manhã, não precisou nem minha mãe ir me acordar. Saltei da minha cama e vesti meu uniforme, que deixei separado noite passada. Estava marcado para hoje um passeio com a turma da escola, nós iríamos visitar uma fazenda.

Mamãe não deixou de primeira porque seria o primeiro passeio sem a companhia dela e ela tinha medo do que podia acontecer, mas depois de pedir diversas vezes, ela finalmente deixou. A mãe de Johnny deixou ele ir então, foi um incentivo para minha mãe deixar também. Minha mãe e Myeo-ryun nos levaram até a escola e ficaram com a gente até o ônibus do passeio chegar.

— Não está esquecendo nada? — mamãe perguntou — Pegou a garrafinha de suco que deixei no balcão para você?

— Peguei. — respondi enquanto brincava com Johnny de guerra de polegares. — Ganhei!

Mamãe pegou minha mochila e conferiu.

— Olha! A professora está chamando para entrarmos no ônibus. — Johnny me puxava.

— Vamos lá. Tchau mamãe, tchau tia. — acenamos e corremos para o ônibus.

Me acomodei no banco com Johnny sentado ao meu lado, fiquei do lado da janela. Depois que os alunos entraram, a professora fez a chamada e então partimos. Johnny ficou virado para trás com os joelhos no banco, conversando com seus amigos. Eu fiquei olhando o caminho lá fora.

Não demorou muito para entrarmos em uma estrada de terra e quando passamos pelo portão da fazenda, a turma ficou agitada para começar o passeio. Descemos um por um, fizemos fila e a professora foi nos guiando na frente. Eu e Johnny ficamos lá atrás.

Um homem de chapéu engraçado apareceu e disse ser o dono da fazenda, ele nos explicou o que iriamos ver à frente. Passamos por uma ponte de um pequeno lago, onde vimos alguns peixes alaranjados, dissemos ser o Nemo. Chegamos em um lugar cheio de cavalos, todos queriam passar a mão. O moço de chapéu engraçado nos levou para ver onde eles comiam e dormiam, falei que queria ter um cavalo e que iria andar com ele no meu quintal. Johnny riu e disse que tinha que ser um cavalo pequeno porque meu quintal não tinha tanto espaço, concordei com ele.

My Best Friend | Johnny SeoOnde histórias criam vida. Descubra agora