Acabado

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Hoje estou naqueles dias que você está feliz e triste. Isso é tão... miserável.

Depois de meses naquela clínica, finalmente, Daniel vai sair de lá daqui uma hora. Estou me arrumando para ir lá junto com os seus pais o buscar.

Seus pais finalmente chegam e estamos a caminho da clínica.

_ Daniel! (Eu, Lize e James falamos juntos)

_ Gente! (Ele corre para dar um abração)

_ Sentimos muito sua falta. (Lize falar por nós três)

_ Também senti muito a falta de vocês. O horário de visita me deixava com mais saudades. (Ele fica atrás de mim, me abraçando, enquanto conversa)

_ Vamos? (James diz segurando a chave do carro)

_ Agora! (Daniel me olha com um olhar safado)

Nós vamos a sua casa, mas Daniel insiste em irmos naquela casa que fomos outro dia. Já sabem o porquê, né? Mas eu lembro do velório que tenho para ir. Então os planos de Daniel, vão para o ralo abaixo.

_ Tu tens de ir nesse velório? (Daniel faz birra)

_ Sim, eu preciso ir urgente. Me leva? (Ele cede de sua birra)

_ Ok! Mas depois eu quero! (Ele faz uma cara de bravo)

_ Depois... (Sorrio pra ele)

Chegamos no velório, onde minha felicidade dá espaço para a tristeza.

_ Filho, até que enfim. (Meu pai vem me cumprimentando)

_ Pai esse é Daniel! (Daniel estende a mão para ele)

_ Prazer, Yan.

_ Prazer. (Eles dão um aperto de mão)

_ Filho. Depois do enterro a gente precisa ir na delegacia, assim eles podem rastrear o número que ligou para você.

_ Ok. (Falo cabisbaixo)

Meu pai deixa eu e Daniel e vai junto com Lev e a família.

_ Você o conhecia? (Daniel pergunta)

_ Sim.

_ Eram amigos?

_ Sim, mas ele queria ser mais do que isso.

_ Como assim? (Ele franze a testa)

_ Eu e ele saímos e já nos beijamos. (Digo em um tom baixo, só para Daniel escutar)

_ Quando isso? (Ele faz uma cara de irritado)

_ Acho que não é uma boa hora para falarmos sobre isso.

_ É sim! (Ele já fica todo estressado)

_ Quando nós terminamos eu o conheci, a gente saiu umas duas vezes, mas eu percebi que estava o usando para me sentir melhor depois do nosso término. (Falo abaixando a bola dele)

_ Desculpa, Noah! (Ele pega na minha mão sem que ninguém veja)

_ Tudo bem. (Dou um sorrisinho forçado para ele)

Depois de irmos na delegacia e resolver o que tinha que resolver, Daniel me chama para uma das casas de seus pais.

_ Agora podemos fazer? (Ele sorri safadamente)

_ Daniel, eu acho que antes disso eu acho melhor a gente conversar... sobre nós. (Eu me sento seu lado no sofá)

_ Ok, comece. (Ele pega em minha mão)

_ Eu não quero que você esconda mais nada de mim. Se vamos estar juntos, nada de segredos. Por favor! (Ele me encara seriamente)

_ Eu entendo o porquê de tu falares isso. E eu não estou escondendo mais nada. Porque eu sei que se eu esconder eu vou te perder... e não quero isso. (Ele acaricia minha bochecha com seu dedo indicador)

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