Capítulo 28

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Relógio desperta são 6 da manhã, levantei mais cedo e resolvi que iria correr todas as manhãs me arrumei, coloquei os fones e fui correr, estava distraída com a música alta e fiquei cansada rápido não tinha mais costume, dei apenas uma volta na praça e quando vejo Tainá estava correndo na praça também me aproximo dela e digo:

- Olha só, ela corre também.

Ela me olhou surpresa e disse: - E aí, não sabia que corria aqui no parque como você está?

Respondi: - Estou correndo hoje, e que quero voltar a me cuidar igual antes. Eu estou bem e você?

Ela respondeu: - Que bom que resolveu se cuidar, gostei disso, tudo certo para mais tarde?

Respondi: - Sim, agora preciso ir porque ainda tenho que trabalhar.

Ela continuou sua corrida e eu fui para casa que era bem próximo, cheguei tomei um banho e corri para o trabalho, eu estava animada, cheguei sorrindo e todos estranharam, o dia passou bem rápido quando eu vi já era meio dia, eu tinha que chegar em casa limpar e depois ir no mercado comprar algumas coisas, a casa estava limpa ninguém ficava lá então seria fácil, fui no mercado comprei cervejas, um vinho e algumas coisas para beliscar, liguei para Lívia mas nada dela atender, na verdade fazia alguns dias que nós não nos falávamos, ignorei a possibilidade dela aparecer em casa já que era sábado mesmo, as horas foram se passando e nesse tempo fiz minhas unhas e sobrancelhas, quando deu 17 horas tomei um banho longo, coloquei um shortinhos jeans, um chinelo, uma blusinha decotada, soltei os cabelos e passei perfume, estava bem básica não queria me arrumar muito, pois seria apenas uma cervejinha, eu estava pronta e ansiosa, nunca recebi ninguém diferente em casa aquilo era novo para mim, deu dezoito horas e um minuto e apertaram a companhia, abri e era Tainá, ela estava uma graça com uma calça colada bem justa preta, tênis, e uma camiseta, ela tinha um cabelo curtinho e estava de óculos, olhei para ela e disse:

- Oi, entra aí se sinta em casa.

Ela me abraçou forte, deu um beijo no meu rosto e entrou, ficou reparando na casa depois olhou em mim e disse.

- Está bem? Trouxe mais cervejas, quero que saiba que bebo muito então vou pedir um táxi depois.

Respondi: - Tudo bem, senta aí que eu vou pegar uma bem gelada.

Virei e fui em direção a geladeira, Tainá mexeu em seu celular colocou uma música e começamos a conversar, ela era calma e escutava tudo sem dizer nada, falei sobre Lívia, de Heloísa, contei tudo, ela deu conselhos, me fez rir e nem vimos a hora passar, acho que eu já tinha bebido cerca de umas 5 latas e ela também, eu estava um pouco tonta e comecei a beber água, como eu já tinha falado tudo queria saber dela um pouco então perguntei:

- Eu acho que estou falando demais, fala um pouco de ti.

Ela respondeu: - Ah não tenho muito o que falar, eu me chamo Tainá, tenho 23 anos, trabalho de vendedora, faço psicologia, estou morando sozinha e sou solteira, acho que é o suficiente não acha?

Olhei rindo e disse: - Não sei, acho que sim, mas você nunca namorou sei lá, não tem ninguém?

Ela respondeu: - Já namorei, mas não deu em nada eu sempre levo um chute e acabo sozinha.

Bebi um gole de cerveja e respondi: - Que pena, você é legal não merece isso.

Continuamos a falar sobre nossos cursos, entre outros assuntos e era por volta de vinte duas horas, ainda tinha cerveja e eu não queria que ela fosse embora, mas percebi que toda hora ela olhava para a porta, então perguntei:

- Tainá você quer ir embora?

Ela olhou assustada e disse: - Não, porque?

Respondi: - E que você olha toda hora para porta, pensei que tinha horário sei lá.

Ela respondeu: - E que depois que você me falou sobre sua noiva, fiquei com medo dela aparecer e eu não quero trazer problemas.

Olhei para ela me aproximei e disse: - Tem medo dela? Ela não vai chegar, deve estar lá naquela boate com aquela velha.

Ela respondeu: - Não é medo, mas acho que estaria mais confortável se fosse na minha casa.

Olhei e respondi: - É um convite?

Ela respondeu: - Se você quiser...

Senti que estava rolando um clima diferente, e eu estava gostando disso, aliás fazia tempo que não ficava com ninguém, pensei em aceitar mas tinha medo do que poderia acontecer, eu conhecia ela a pouco tempo, e não queria confundir as coisas talvez ela só estivesse querendo me ajudar, ficamos ali bebendo e ela estava um pouco alegre, colocou música e me chamou para dançar, ficamos bem perto dançando e sentia sua respiração na minha nuca, aquilo me arrepiava ela era diferente, parecia mais experiente não sei, quando percebi estávamos frente a frente, ela me pegou com força pela cintura, beijou meu pescoço, depois a orelha, eu queria muito beijar ela, senti nossos lábios bem próximos, e então eu disse:

- Eu não posso.

Ela respondeu: - Mas seu corpo quer, eu sei.

Respondi: - Sim, mas não posso.

Ela chegou bem pertinho deu um beijo bem próximo da minha boca e disse: - Fica para a próxima, só que vai ser lá em casa.

Eu nem consegui responder de tão nervosa que eu estava, ela foi em direção a porta me abraçou, beijou meu rosto e disse:

- Vou te esperar em casa, a noite foi ótima mas preciso ir.

Respondi: - Vai mesmo? Eu estava sim fazendo um charme.

Ela respondeu: - Vou sim, o próximo encontro vai ser em casa, e quero que seja lá.

Então ela foi, e eu estava radiante de felicidade a quanto tempo eu não sentia isso, fechei a porta, e fui me deitar, dormi muito rápido e quando era por volta das cinco e meia da manhã, escutei uns barulhos no portão, fui até a janela mas estava escuro, vi que tinha um carro no portão, abri a porta bem devagar fui em direção ao portão e vi que era Lívia com aquela Veridiana, fiquei escondida para ver o que ia acontecer, elas desceram do carro e se beijaram, eu fiquei olhando tudo sem reação, corri para dentro e deitei na cama, eu estava muito nervosa e isso seria motivo suficiente para nós terminarmos, ela entrou acendeu as luzes e viu que eu estava dormindo, olhou a mesa, foi no banheiro, e sentou na cama começou a me chamar:

- Rebeca acorda, vai acorda logo.

Fingi que estava dormindo, e não respondi ela continuou só que mais alto:

- Anda Rebeca acorda logo.

Olhei para ela e disse: - Que foi? O que quer, não está vendo que eu estou dormindo?

Ela respondeu: - Veio alguém aqui? Que sujeira é essa? Cheio de latinhas, eu já disse que não quero você de conversa com ninguém, era alguma piranha né tenho certeza.

Eu levantei com todo meu ódio e respondi: - Então você pode né Lívia ficar beijando aquela velha no portão da nossa casa, mas eu não posso trazer uma amiga aqui.

Ela respondeu: - Está bêbada? Que velha, não venha disfarçando que amiga é essa.

Respondi: - Eu vi Lívia, vi você agora pouco beijando aquela Veridiana, não seja sínica, você é uma nojenta, não sei nem o que está fazendo aqui na minha casa.

Ela ficou furiosa e começou a pegar no meu braço gritando: - Você está invertendo a situação, está me traindo dentro da nossa casa, sua vagabunda.

E assim ela virou um tapa bem forte no meu rosto, eu caí no chão, meu rosto estava vermelho e ardendo, ela me olhava assustada e dizia:

- Eu não queria fazer isso, está vendo como você me deixa.

Me levantei, olhei na cara dela e disse: - Saí da minha casa, some da minha vida, eu tenho nojo de você, acabou.

Ela respondeu: - Me desculpa eu não queria...

Seu rosto tinha mudado totalmente, ela parecia estar preocupada, mas aquilo não fazia mais diferença, abri a porta, empurrei ela para fora, comecei a jogar todas as suas coisas lá fora, ela gritava, pedia desculpas eu chorava de raiva por ser tão inocente e burra de deixar as coisas chegarem a esse ponto.

Tudo por ela.Onde histórias criam vida. Descubra agora