Capítulo 49 (RETA FINAL)

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Malas arrumadas, alimentos entre outras coisas estavam no carro, todos os documentos e coisas que eram importantes eu levei comigo, Rebeca não tinha nada para levar mas o irmão dela disse que em alguns dias mandaria levar as coisas dela, entramos na internet e não tinha nenhuma foto da Rebeca, vasculhamos alguns sites e nada, um alivio grande veio no peito, estávamos prontas e fomos rumo a delegacia, estávamos com medo mas era necessário fazer aquilo, alguns minutos se passaram e chegamos na delegacia, entramos somente eu e a Rebeca, preferi deixar a Isa fora disso por enquanto, seria arriscado demais para ela já que tinha um romance com Tainá, entramos e me dirigi a um policial dizendo a ele:

- Boa tarde, nós gostaríamos de fazer uma denúncia.

Ele nos olhou e respondeu: - Boa tarde, que tipo de denúncia?

Respondi rápido: - Tráfico de drogas e ameaças.

Ele respondeu: - O delegado está na sala dele, aguardem um momento.

Rebeca estava tremendo me aproximei e abracei, ficamos juntas ali naqueles bancos, todos que passavam nos olhavam, e eu pude ver o quanto as pessoas ficavam espantadas com um casal homossexual, alguns minutos se passaram e um homem alto nos chama em uma sala, entramos e ele tinha um aspecto de homem bravo, e o medo percorreu pela espinha, nos sentamos e ele nos disse:

- Boa tarde meninas, então vocês têm uma denúncia sobre tráfico de drogas?

Respondi: - Sim senhor.

Ele respondeu: - Por favor comecem.

Respondi: - Então, existe uma boate no centro bem conhecida e movimenta, eu fui lá umas duas vezes e vi que tem diversos menores de idade e que a dona de lá fornece bebidas e drogas a eles.

Ele respondeu: - E você consegue provar isso?

Respondi: - Eu não teria porque mentir para o senhor, se quiser mande seus homens até lá, a boate abre de quinta a domingo. A dona de lá se chama Lívia e a namorada dela se chama Veridiana, a filha da Veridiana se chama Tainá e a Rebeca que aqui está pode confirmar que tipo de pessoas elas são.

Ele respondeu: - Pode começar a falar Rebeca.

Ela começou dizendo: - Senhor Delegado a alguns tempos atrás eu conheci a Tainá na faculdade, ela começou a se aproximar e viramos amigas, ela era uma pessoa maravilhosa e me ajudava muito na faculdade, com isso me apaixonei por ela e ficamos juntas, ela mentiu para mim me dizendo que seus pais moravam em outra cidade e que a mãe era confeiteira, mas na verdade a mãe dela mora aqui mesmo e é a dona dessa boate também , e a alguns meses atrás eu sofri um grave acidente, fiquei em coma e depois passei por cirurgia, com isso gerou alguns gastos no hospital e a Tainá disse a minha mãe que tinha emprestado um dinheiro de agiota e que ela teria que pagar caso não quisesse morrer, minha mãe desesperada dá a ela todo dinheiro que consegue e essa dívida nunca acaba, mas investigamos no hospital onde eu fiquei que a minha cirurgia e meu tratamento foi coberto pelo convênio, mas desde então a Tainá vem nos ameaçando e trazendo notas do hospital que a cirurgia foi paga e que ela quer esse dinheiro, ela me ameaçou dizendo que iria colocar fotos minhas nua na internet, e eu estou desesperada não sei mas o que fazer.

Ele respondeu: - Isso tudo é muito grave, precisamos de detalhes dessa Tainá e dessa boate, vocês conseguem nos informar?

Heloísa respondeu: - Claro, aqui tem uma pasta onde tem o endereço e algumas fotos que o detetive fez da Tainá e da boate, e também temos as mensagens de texto que a Tainá faz diariamente ameaçando a Rebeca, e temos também a nota do hospital onde afirma que o convênio cobriu todos os gastos, e tem a comprovação do convênio afirmando isso, viemos preparadas para essa denúncia.

Ele respondeu: - Ótimo meninas, vamos resolver essa situação precisamos de todas as provas e montaremos um esquema para invadir essa boate, e assim começaremos a operação "caça as garotas da boate" vocês precisaram de proteção, e deixarei alguns homens a disposição.

Respondi: - Já conseguimos um lugar distante para ficarmos, mas proteção discreta seria ótimo.

Ficamos na delegacia até as 22 da noite resolvendo e dando detalhes maiores, depois pegamos o carro rumo a casa distante da Isa, ficamos aliviadas de saber que teríamos algum tipo de proteção, por voltas das 23:40 chegamos na casa que era em outra cidade praticamente, Isa nos apresentou a casa e disse que amanhã cedo ela voltaria para cidade, assamos uma pizza congelada e depois fomos para o quarto, a casa tinha uns 5 quartos, era bem espaçosa e a vizinhança era discreta pois as casas eram afastadas umas das outras, eu e a Rebeca deixamos nossas malas no chão do quarto e tomamos um banho, depois dormimos feito pedras. Na manhã seguinte por volta das 6 da manhã Isa bate na porta e eu levanto dizendo:

- Bom dia Isa, o que faz tão cedo por aqui?

Ela respondeu: - Eu já estou de saída, e vou ficar alguns dias fora, pois, a Tainá vai me procurar e eu preciso sumir da vista dela já que os caras estão atrás dela, olha fica a à-vontade e deixei um número de emergência caso você precise de mim, aproveita com ela e não se preocupe com nada ok?

Respondi: - Menina você é muito misteriosa, tem certeza que não irei te atrapalhar ou algo do tipo?

Ela respondeu: - Você é minha melhor amiga e já me ajudou muito, tudo vai dar certo e logo eu estou de volta, de um beijo na Re por mim.

Nos despedimos e depois voltei para a cama, abracei a Rebeca por trás e fiz carinho em seus cabelos, tinha perdido o sono e fiquei pensando em diversas coisas, por um momento fiquei com medo da Isa me enganar e dizer tudo a Tainá, mas depois repensei no quanto eu estava enganada, Isa era uma velha amiga e sempre nos ajudamos em momentos difíceis, me levantei tomei um banho e arrumei nossas coisas no guarda roupa, Rebeca ainda estava dormindo pois era muito cedo, então resolvi ir até a cozinha e fazer um café da manhã especial, coloquei na mesa algumas frutas e fiz um suco, fiz misto quente e tinha um bolo pronto daqueles de mercado na geladeira, fui até o quintal para ver como era e percebi que tinha bastante árvores frutíferas, flores e algumas verduras, a casa era ótima estilo de campo, e eu só ficava imaginando de onde a Isa tinha arrumado aquela casa, voltei para a cozinha e vi que a Rebeca estava sentada na mesa olhando tudo e tentando roubar um pedaço de bolo antes de mim, abracei ela e ficamos ali juntas naquela paz, era até estranho saber que estávamos juntas novamente sem ninguém para atrapalhar, então decidi que esses dias que ficaríamos ali iria aproveitar o máximo com ela. 

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