Capítulo 51 RETA FINAL

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Alguns dias se passaram e a Rebeca estava cada vez mais distante de mim, eu não insistia também em me aproximar, esperei as coisas melhorarem e disse que na próxima semana iriamos embora dali, voltaríamos para nossa casa e para nossas vidas, vi em seu olhar que ela tinha se animado em questão disso, Lívia estava bem melhor, pensávamos que ela iria morrer mas ela estava bem, porém seu destino já era certo que após sua recuperação ela iria para a cadeia, no fundo eu achava certo ela errou tinha que pagar, eu e Rebeca tínhamos nos perdido, ou a verdade e que eu sempre acreditei que daria certo e no fundo tudo não passava de uma ilusão.

Tudo pronto, arrumamos nossas coisas e fomos, no caminho a Rebeca tentava uma aproximação, mas eu não queria mais, ficamos em silencio pelo caminho e eu queria chorar, mas não na frente dela, levei ela para casa da mãe dela e ela me perguntou:

- Mais tarde posso ir na sua casa?

Respondi: - Para que? Você não estava morrendo de saudade da sua casa, da sua vida, então fique aí agora.

Ela respondeu: - Tudo bem Heloísa, mas tarde nos falamos.

Ela saiu do carro e eu fui para casa chorei muito no caminho, e me sentia perdida só eu sabia o quanto ela iria me fazer falta, mas não adiantava tentar sendo que ela não me amava, cheguei em casa e ajeitei as coisas, eu precisava retomar a minha vida, retornar na faculdade, viajar não sei, eu só precisava ficar melhor, me sentei no sofá e fiquei pensando no quanto eu amava a Rebeca, coloquei uma música e fiquei ali distraída pensando, algumas horas se passaram e por volta das 23 horas a campainha toca, pulei do sofá e tive medo de abrir a porta, mas depois pensei que se fosse alguém querendo me matar não tocaria a campainha, fui até a cozinha e peguei uma faca bem grande, escondi a faca nas costas e fui até a porta e abri, quando eu olho era a Rebeca, puxei a faca pra frente e disse:

- que susto, o que faz aqui?

Ela respondeu: - Posso entrar?

Respondi: - Sim.

Sentei no sofá e fiquei olhando para ela, ficamos uns cinco minutos em silêncio até que eu perguntei:

- O que você quer?

Ela respondeu: - Você sabia que a Lívia está precisando de doação de sangue tipo O positivo.

Respondi: - Então você já foi lá ver ela, e agora veio me pedir para doar sangue para ela? Se for isso que pena, mas eu fiz tatuagem ano passado e não posso doar.

Ela respondeu: - Eu sei, mas não vim aqui para isso.

Respondi: - Então veio para que?

Ela se ajoelhou e disse: - Me perdoa Heloísa, eu sei que nesses últimos dias eu fui uma péssima companhia mas não fiz por mal, fiquei triste em saber que a Lívia tinha levado tiro e que estava entre a vida e a morte, talvez eu tenha agido por impulso, mas hoje quando eu fui visitar ela, conversamos um pouco e eu vi o quanto eu amo você sabe, e por um momento eu senti pena da Lívia por ser nova e estar naquela situação, mas me senti feliz por saber que eu tenho uma mulher linda, que me apoia em tudo e que enfrenta qualquer coisa por mim, me sinto privilegiada em ter você, e eu queria saber se você aceita casar comigo.

Ela estava ajoelhada na minha frente, com um anel simples, acho que tinha sido de alguém, e aquelas palavras era tudo que eu mais queria escutar em muito tempo, mas eu estava machucada e abalada, e não conseguia responder, na verdade eu nem sabia o que eu queria naquele momento, simplesmente levantei ela do chão e disse:

- Não posso aceitar seu pedido, e melhor você ir embora.

Ela sem entender, virou as costas e saiu, naquele momento eu senti que tinha feito a pior merda de todas, mas eu não poderia aceitar se não tinha certeza do sentimento, fui até a cozinha guardar a faca e peguei uma lata de cerveja na geladeira, fui até a sala e comecei a pensar em como eu fui feliz nos primeiros dias lá na casa de campo da Isa, de repente a campainha toca novamente, e eu pensei que fosse a Rebeca novamente pois não fazia nem 5 minutos que ela tinha saído, fui correndo até a porta abrir na esperança de ser ela, quando eu abro...

- Tainá o que faz aqui? Tentei fechar a porta, mas ela estava armada.

Ela respondeu: - Fica quietinha, e vem comigo.

Naquele momento eu só imaginava a minha morte, pois Tainá estava completamente descontrolada, ela me pegou por trás e me levou até o carro dela, eu não conseguia gritar, nem olhar para o lado nada, eu estava paralisada e só pensava que nunca mais veria o meu pai, meus amigos, minha vida estava prestes a ser levada por um segundo. 

Tudo por ela.Onde histórias criam vida. Descubra agora