Capítulo 37

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Os dias se passaram e Heloísa estava na cidade de férias, eu queria muito ver ela a sós, mas como isso não aconteceria tão cedo resolvi investir no meu relacionamento com Tainá, até chegamos a nos encontrar de casal em alguns lugares, mas eu estava apaixonada por Tainá, ela além de me ajudar mentalmente, ajudava também minha família principalmente minha mãe, as duas tinham um carinho imenso uma pela  outra que era até bonito de ver, minha mãe começou a fazer umas coisas a mais para vender e Tainá dava maior apoio para dar certo, Lívia tinha sumido mas eu não negava que ela ainda me fazia falta, certo dia eu ainda estava de férias e fui vender os sanduíches da minha mãe na rua, Tainá tinha ido trabalhar e o dia estava lindo, eu estava no centro da cidade e resolvi vender nas lojas, tudo estava indo bem eu levei cerca de 16 lanches e vendi quase todos, passei perto da boate de Veridiana e vi Lívia na portaria conversando com os funcionários, Lívia me segui-o até algumas ruas e eu continuei as vendas, quando fui atravessar a avenida Lívia me parou na rua seguinte e perguntou:

- Sua namorada não tem vergonha de você ficar andando na rua oferecendo lanches?

Respondi: - Porque ela teria? Vergonha seria pegar dinheiro de pessoas mais velhas e ainda ficar me exibindo na rua.

Aquela indireta foi pouco para Lívia morrer de raiva de mim, ela me puxou pelo braço e disse:

- E você se acha muito superior a mim? Você vai se arrepender de tudo isso que anda fazendo.

Dei de ombros e não liguei para a ameaça de Lívia, ela já tinha costume de fazer essas coisas, acabei vendendo todos os lanches e assim que cheguei em casa Heloísa estava à minha espera, me admirei porque ela estava sozinha, entrei na casa da minha mãe e deixei o dinheiro e ela disse:

- Filha você tem uma visita especial, ela está no seu quarto.

Fui correndo até meu quarto, abri a porta e vi uma menina de costas brincando com o Bartolomeu, me aproximei e perguntei: - Oi Heloísa, o que faz aqui?

Ela se aproximou dizendo: - Vim me despedir, logo minhas aulas voltam e eu precisava te ver sozinha.

Respondi: - Que pena que precisa voltar, queria te chamar para jantar, você acha que Cecília se importaria de ficar sozinha na sua casa?

Ela respondeu: - Cecília já voltou, e amanhã eu voltarei também o que acha de nós jantarmos na minha casa as 20 horas?

Respondi: - Acho maravilhoso, vou falar com Tainá e vou para sua casa.

Ela respondeu: - Ok, mas venha sozinha por favor. Será nossa despedida.

Me aproximei dela e disse em seu ouvido: - Será um novo começo de tudo.

Ela saiu depressa e eu fiquei pulando de felicidade, por mais que Tainá fosse maravilhosa na minha vida eu não podia negar que Heloísa era tudo que eu mais queria, e eu estava disposta a lutar por ela, deitei em minha cama e fiquei uns dez minutos rindo e olhando para o nada até que minha mãe chega e diz:

- Essa garota te faz bem, não é?

Respondi: - Nossa e como. Hoje temos um encontro, e eu quero dar o meu melhor nisso.

Minha mãe responde: - Mas e Tainá? Onde ela entra nisso?

Respondi: - Ela não entra. Ela sai. Tainá é maravilhosa, mas ela sabe como eu sou confusa, sempre deixei isso claro, e serei clara com ela em questão disso.

Ela respondeu: - Filha eu quero o teu melhor, então faça aquilo que seu coração pedir.

Depois daquelas palavras nos abraçamos e minha mãe era minha melhor amiga, eu amava ela e meu irmão, mas que tudo nessa vida, entrei no banho, foi bem longo e me arrumei. Coloquei uma roupa bem leve, e eu queria muito ficar com Heloísa essa noite, liguei diversas vezes a Tainá que não me respondia de forma alguma, simplesmente sumiu, passei uma maquiagem, me despedi de minha mãe e irmão e fui ao encontro de Heloísa, resolvi ir a pé não era muito longe dali então logo eu chegaria, quando estava próximo da esquina de Heloísa, fui atravessar a avenida e um carro em alta velocidade bateu com toda força sobre meu corpo e me arrastou cerca de 100 metros de distância, senti minha vida sendo levada em segundos, o motorista fugiu sem prestar socorros, eu Rebeca tinha sido atropelada gravemente por um motorista desconhecido. 

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