Tudo por ela.

Capítulo 29

Eu não me conformava que a Lívia tinha chegado naquele nível, aquilo não era amor, sentimento nada, aquilo era obsessão doença, um relacionamento abusivo, eu nunca me imaginei naquela situação toda, depois da nossa briga não conseguia dormir, eu me sentia machucada mas ao mesmo tempo livre, agi como se nada tivesse acontecido, levantei arrumei as coisas, tomei um banho e fui correr, com os fones nos ouvidos eu viajava nos meus pensamentos, chorava de saudade de Heloísa e de raiva de Lívia, e acabei encontrando Tainá no caminho, ela me parou e disse:

- Pensei que ia estar com ressaca, está tudo bem?

Respondi: - Acho que agora sim, está afim de ir em casa tomar um café?

Ela respondeu: - Vamos sim.

Fomos para a casa, e eu fiz uma vitamina, contei sobre a briga e do tapa, ela me olhou e disse:

- Rebeca porque você não virou um soco na cara dela, se quiser eu faço isso. Menina idiota, onde já se viu bater.

Respondi: - Eu nunca fui de brigar, então não sei.

Ela respondeu: - E você já sabe o que vai fazer com ela?

Respondi: - Sim. Ela me aguarde.

Tomamos nosso café, e ela foi para a casa dela, combinamos de sair mais tarde, não queria fica em casa chorando, me tornaria outra pessoa, mais forte confiante, e o que Lívia me fez passar não desejo a ninguém, então se ela me bateu eu faria pior a ela. Fui para casa da minha mãe almoçar, e contei que tinha me separado, ela até perguntou:

- Nossa que bom, mas você está bem? Já sabe quando vem morar aqui?

Respondi: - Eu estou bem, eu já queria isso mesmo, então não pretendo vir agora morar aqui.

Ela respondeu: - Tudo bem, o importante é que você está feliz.

Fui para meu antigo quarto, me deitei com Bartolomeu na cama e fiquei fazendo carinho nele, lembrei que não tinha respondido o e-mail de Heloísa, então peguei o notebook, ativei minhas redes sociais e adicionei ela, mandei o seguinte e-mail:

" Quem sabe em breve irei para Curitiba, preciso ver hotéis para ficar, ativei minhas redes novamente, saudades. Rebeca. "

Não demorou muito e Heloísa tinha me aceitado, então vi suas fotos e ela estava muito diferente, com algumas tatuagens a mais, cabelo bem curto, mais magra e em quase todas as fotos tinha uma menina com ela, acho que perdi tempo demais e Heloísa acabou arrumando outra pessoa, mas eu sabia que a gente ainda ia se encontrar, e no momento eu queria aproveitar. Por volta das dezoito horas, tomei um banho e coloquei um vestido de renda, salto, fiz uma maquiagem e soltei meus cabelos, olhei no espelho e eu estava me sentindo bem, apertaram a companhia da minha mãe pensei que seria algum amigo de Augusto ou uma amiga dela, ou até mesmo a Tainá, mas era Lívia ela chegou entrando veio em direção ao meu quarto, abriu a porta e me viu, ficou paralisada me olhando, e eu falei firme com ela:

- O que faz aqui?

Ela respondeu: - Eu vim atrás de você, vim ver se está mais calma, podemos conversar?

Olhei bem na cara dela e disse: - Não está vendo que eu vou sair? E outra e melhor você ir em antes que a velha venha atrás de você.

Ela respondeu: - Eu pedi folga, e não estou com ela, aquele beijo não tem nada ver, apenas aconteceu, você sabe que eu te amo.

Respondi: - Aí para de história, quantas chances você teve e o que você me dizia? Não posso, não dá, sempre gritando, achando que eu ia ser submissa até quando? Acabou Lívia.

Ela se aproximou e disse: - Já vai sair?

Respondi: - Sim.

Ela respondeu: - Eu duvido que você vai me esquecer, eu sei que você me ama, que gosta de mim em todos os sentidos.

Respondi: - Você se garante tanto, pena que não é tudo isso.

Ela estava furiosa e disse: - Não vai me esquecer eu sei, a gente ainda vai ficar junta.

Ela saiu batendo a porta, eu não podia negar que gostava dela mesmo, mas não ficaria com ela assim tão fácil, quem sabe um dia quando eu estivesse afim de sexo casual, não era melhor não me envolver. Tainá me ligou e disse que estava vindo me buscar, iriamos em um barzinho, mas eu queria estar pronta para qualquer lugar, os minutos se passaram e ela chegou ficou lá fora me esperando, me despedi da minha mãe e sai em sua direção, ela me olhou dos pés à cabeça e disse:

- Ual que linda, tudo isso para mim?

Dei risada e respondi: - Quem sabe.... Aonde vamos?

Ela respondeu: - Primeiro em um barzinho, depois podemos tomar uma naquela boate onde sua ex trabalha o que acha?

Respondi: - Vamos ver.

Fomos em um barzinho, o lugar era ótimo aconchegante, bebemos alguns drinks caipirinhas, conversamos bastante e ela queria que eu fosse na casa dela, mas eu queria ir naquela boate a Lívia precisava ver que eu sou melhor que ela, então fomos para boate, percebi que ela não estava na entrada então entramos e fomos até o bar, vi que ela estava de costas fazendo as bebidas então eu disse:

- Ei moça me vê uma cerveja?

Ela se virou e disse: - O que faz aqui? Vai embora agora.

Tainá veio atrás de mim e respondeu: - Ué nunca vi funcionário mandar cliente embora, anda serve a cerveja para ela.

Lívia me entregou a cerveja e eu fui com Tainá para pista, começamos a dançar bem próximas e percebi que Veridiana me olhava de longe, Lívia não estava mais no bar, começou a andar pela balada ficava me observando de longe, e eu fingia que nem estava vendo, então Tainá me puxou na parede e começou a me beijar eu correspondi, o beijo dela era muito bom e tinha pegada eu gostava disso, fazia tempo que não beijava ninguém assim, quando paramos vi que Lívia estava olhando e era isso que eu queria, que ela me visse com outra da mesma forma que eu vi, falei para Tainá me esperar que eu iria ao banheiro e já voltava, a verdade e que eu fui ver a cara da Lívia, passei próxima dela e ela me puxou dizendo:

- Veio aqui apenas para me provocar.

Respondi: - Já vi que eu consegui.

Ela se aproximou de mim e disse: - Não adianta ficar com ela na minha frente, porque no fundo você queria era estar comigo.

Dei as costas, aquela segurança dela me irritava por mais que ela mexesse comigo as coisas não seriam assim, fui atrás de Tainá que estava lá conversando com outras meninas, aquela ali não perdia tempo, então ficamos, mas um pouco e no final acabei na casa dela.