Capítulo 38

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Sirenes de ambulâncias, curiosos ao meu redor dizendo:

- Pobre garota será que ainda está viva? Quem será que fez isso?

Eu conseguia escutar tudo, estava imóvel no chão em meio à multidão nenhum rosto conhecido, os minutos se passaram e os socorristas me colocaram na ambulância e seguiram em direção ao hospital, eu estava sem meus documentos pessoais, mas através do meu celular foi fácil achar a minha família e amigos, assim que cheguei no hospital fui direto para sala ver o que tinha acontecido comigo, meus braços estavam ralados, cabeça machucada que saiu um pouco de sangue, e teria que fazer uma cirurgia com urgência, pois possivelmente eu não voltaria a andar.

Heloísa narra.

Vejo aquela multidão na rua e vou ao encontro deles, começo a perguntar para um e outro o que havia acontecido, um homem diz:

- Uma garota foi atropelada, a batida foi bem forte arrastou a moça cerca de 50 metros de distância, mas ela saiu com vida daqui.

Respondo ao homem: - Uma garota? Me diga senhor como ela era.

Ele respondeu: - Pele morena, cabelos lisos com pontas enroladas, uma bela moça.

Pego meu celular procuro uma foto e pergunto a ele: - Por acaso é essa moça? (Meu coração pedia para não ser ela.)

Ele visualiza a foto, e depois fala: - Nossa é essa moça sim, por acaso você conhece ela?

Minhas pernas ficam bambas, parece que minha pressão tinha caído, começo a chorar de desespero e pergunto: - Para onde ela foi levada? Eu preciso saber me diga rápido.

Ele responde: - Eu não sei, creio que tenha sido levada para o hospital mais próximo daqui.

Saio correndo para a casa, pego minha bolsa e vou correndo até o ponto de táxi entro no primeiro e grito pedindo que ele me leve rápido até o hospital, não me contenho e choro muito só de pensar que Rebeca esteja morta, eu amo ela e toda essa distância me fez ver que não posso viver sem ela. Chego no hospital e entro correndo, peço informações e as enfermeiras apenas pedem para eu esperar, ligo para mãe de Rebeca e ela atende com uma voz de sono:

- Alo quem é?

Respondo: - Sou eu Heloísa, a senhora estava dormindo?

Ela responde: - Sim, aconteceu alguma coisa?

Engulo o choro e digo: - Sua filha sofreu um acidente, ela foi atropelada e está no hospital Sant'anna.

Ela se desespera e diz: - Como assim meu Deus minha filha, estou indo para o hospital.

Ela desligou como eu esperava, comecei a andar de um lado para o outro aguardando notícias de Rebeca, os minutos se passaram e a família de Rebeca chega até o hospital, eles tentam descobrir alguma coisa, mas é em vão, sentamos todos e eu explico a família como tinha acontecido o acidente, Augusto se levanta e diz:

- O carro a atropelou e não prestou socorros, será que realmente foi um acidente ou algo planejado?

Respondo: - Então a Rebeca me disse hoje à tarde que iria ligar para a Tainá avisando que iriamos jantar juntas, e não sei se elas se falaram.

A mãe deles respondeu: - Não creio que seja a Tainá que tenha feito isso, conheço ela bem e é uma boa pessoa, pode ser que tenha sido aquela Lívia.

Ficamos todos em silêncio, as duas na minha opinião são suspeitas, Lívia por causa de vingança ou raiva, e Tainá por ser trocada, seja quem for eu irei descobrir. 

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