Sirenes de ambulâncias, curiosos ao meu redor dizendo:
- Pobre garota será que ainda está viva? Quem será que fez isso?
Eu conseguia escutar tudo, estava imóvel no chão em meio à multidão nenhum rosto conhecido, os minutos se passaram e os socorristas me colocaram na ambulância e seguiram em direção ao hospital, eu estava sem meus documentos pessoais, mas através do meu celular foi fácil achar a minha família e amigos, assim que cheguei no hospital fui direto para sala ver o que tinha acontecido comigo, meus braços estavam ralados, cabeça machucada que saiu um pouco de sangue, e teria que fazer uma cirurgia com urgência, pois possivelmente eu não voltaria a andar.
Heloísa narra.
Vejo aquela multidão na rua e vou ao encontro deles, começo a perguntar para um e outro o que havia acontecido, um homem diz:
- Uma garota foi atropelada, a batida foi bem forte arrastou a moça cerca de 50 metros de distância, mas ela saiu com vida daqui.
Respondo ao homem: - Uma garota? Me diga senhor como ela era.
Ele respondeu: - Pele morena, cabelos lisos com pontas enroladas, uma bela moça.
Pego meu celular procuro uma foto e pergunto a ele: - Por acaso é essa moça? (Meu coração pedia para não ser ela.)
Ele visualiza a foto, e depois fala: - Nossa é essa moça sim, por acaso você conhece ela?
Minhas pernas ficam bambas, parece que minha pressão tinha caído, começo a chorar de desespero e pergunto: - Para onde ela foi levada? Eu preciso saber me diga rápido.
Ele responde: - Eu não sei, creio que tenha sido levada para o hospital mais próximo daqui.
Saio correndo para a casa, pego minha bolsa e vou correndo até o ponto de táxi entro no primeiro e grito pedindo que ele me leve rápido até o hospital, não me contenho e choro muito só de pensar que Rebeca esteja morta, eu amo ela e toda essa distância me fez ver que não posso viver sem ela. Chego no hospital e entro correndo, peço informações e as enfermeiras apenas pedem para eu esperar, ligo para mãe de Rebeca e ela atende com uma voz de sono:
- Alo quem é?
Respondo: - Sou eu Heloísa, a senhora estava dormindo?
Ela responde: - Sim, aconteceu alguma coisa?
Engulo o choro e digo: - Sua filha sofreu um acidente, ela foi atropelada e está no hospital Sant'anna.
Ela se desespera e diz: - Como assim meu Deus minha filha, estou indo para o hospital.
Ela desligou como eu esperava, comecei a andar de um lado para o outro aguardando notícias de Rebeca, os minutos se passaram e a família de Rebeca chega até o hospital, eles tentam descobrir alguma coisa, mas é em vão, sentamos todos e eu explico a família como tinha acontecido o acidente, Augusto se levanta e diz:
- O carro a atropelou e não prestou socorros, será que realmente foi um acidente ou algo planejado?
Respondo: - Então a Rebeca me disse hoje à tarde que iria ligar para a Tainá avisando que iriamos jantar juntas, e não sei se elas se falaram.
A mãe deles respondeu: - Não creio que seja a Tainá que tenha feito isso, conheço ela bem e é uma boa pessoa, pode ser que tenha sido aquela Lívia.
Ficamos todos em silêncio, as duas na minha opinião são suspeitas, Lívia por causa de vingança ou raiva, e Tainá por ser trocada, seja quem for eu irei descobrir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Tudo por ela.
RomanceEssa é a história de Rebeca, uma garota sensível e carente, se apaixona perdidamente por Lívia uma garota indecisa que nunca está satisfeita somente com uma paixão, ela sempre precisa estar rodeada de vários amores. Uma história de amor, suspense...