Capítulo 52 RETA FINAL

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Sentada no carro em alta velocidade, só estávamos eu e ela, as portas estavam travadas e minhas mãos estavam amarradas, ela gritava para mim:

- Se você não fosse tão intrometida não iria morrer hoje, quem mandou você voltar e destruir a minha vida.

Respondi baixo: - Eu não fiz por ....

Ela me interrompeu: - Cala essa boca, ninguém quer saber, você acabou com a minha vida e agora terá o que merece. Você não acha que ganhou demais? Mas não, teve o prazer de denunciar a boate, queimar a imagem da minha mãe e estava achando que ia ficar por isso mesmo, e olha vê se para de chorar, porque eu odeio isso.

Eu não podia falar, não podia chorar, eu tinha certeza que iria morrer, e comecei a sentir medo por ter amado demais e ter me envolvido em tudo isso, Tainá dirigia igual uma louca, corria sem parar, e gritava a todo momento dizendo que me odiava e que tudo de ruim que estava acontecendo com ela era minha culpa, ela dirigiu durante uma hora não sei, e quando ela parou, ela me pegou e me levou até uma casa escura, eu não imaginava onde seria aquilo, só conseguia lembrar do meu pai, da Rebeca, demos mais alguns passos e ela acendeu a luz e me colocou sentada em um sofá velho, parou bem na minha frente e disse:

- Lembra que você atrapalhou meus planos com a Rebeca, de que ela seria a minha mina de ouro saindo com caras mais velhos?

Virei o rosto e não respondi.

Ela gritou dizendo: - RESPONDE HELOÍSA, LEMBRA O PREJUÍZO QUE VOCÊ ME DEU?

Respondi: - Sim, lembro.

Ela respondeu: - Então alguém vai ter que pagar por isso, já que a minha casa noturna está fechada, meu esquema de drogas para menores também está acabado, e a casa clandestina que eu ia abrir, também não vai dar certo, eu acho que você me deve e muito.

Respondi: - E você quer o que de mim?

Ela respondeu rindo: - Ah você não entendeu não, tão bonitinha, mas é burra? A partir de hoje você vai sair com quem eu quiser, sem reclamar, aqui será sua casa nova.

Respondi: - Eu prefiro morrer do que me submeter a isso.

Ela respondeu: - Te matar seria muito fácil, e meu prejuízo seria maior, e pelo jeito você nunca ficou com homem, o que faz aumentar o seu valor.

Respondi: - Se eu sair daqui eu juro que eu te mato, nem que seja depois de anos, mas eu te mato.

Ela se aproximou, passou a mão em meus cabelos, no meu rosto, e disse no meu ouvido baixinho: - Eu já arrumei um cara para vir passar o dia com você amanhã, e ele me disse que está ansioso, amanhã eu volto aqui, e te arrumo, você ficará linda para seu primeiro encontro.

Ela bateu a porta, e saiu dali me deixando no escuro, eu estava morrendo de medo, nojo, e angustia, preferia a morte do que ser estuprada todo dia por alguém diferente, eu só conseguia chorar e naquele momento rezei e pedi para todos os deuses que eu acreditava para me tirar daquela situação, eu não consegui dormir, morri de medo de dormir e alguém aparecer.

Após Rebeca sair de casa ela foi até o outro lado da rua para pedir um táxi e ficou esperando em um barzinho logo à frente da minha casa, então ela conseguiu ver Tainá chegando e nisso ela correu até o banheiro do barzinho e ligou para Isa, que tinha deixado de prontidão dois caras de vigia na minha casa, como foi tudo muito rápido, Rebeca pegou o táxi e seguiu o carro de Tainá, mas deixou avisado para Isa que no mesmo dia organizou sua equipe de investigadores e foram atrás de mim, Rebeca assim que chegou no lugar onde eu estava, ficou escondida perto das arvores e passou a noite ali, esperando a equipe da Isa chegar.

Na manhã seguinte, eu estava péssima, não ouvia voz de ninguém, não sentia fome nada, apenas medo muito medo do que aconteceria comigo, eu não sabia que horas era, só sei que ouvi alguns passos e abriram a porta, era Tainá ela estava com uma roupa intima na mão, e entrou dizendo:

- Preparada para seu grande dia Heloísa? Eu espero que sim, te trouxe uma roupa intima que seu admirador mandou, ele é bem exigente, quer que você tome um banho e espere ele com um sorriso no rosto, venha cá, que eu vou te levar até o quarto e vou ficar esperando você tomar banho e se arrumar, nem pense em gritar ou qualquer coisa do tipo, que será pior para você.

Respondi: - Eu não posso tomar café da manhã pelo menos? Estou com fome.

Ela respondeu: - Está pensando que aqui é algum tipo de hotel ou algo parecido? Tome seu banho, se arrume e se você se comportar bem eu te dou algo para comer.

Ela me levou até o andar de cima, e ficou me vigiando enquanto eu tomava banho, eu chorava de medo enquanto o tempo ia passando, Tainá fica mostrando que estava armada o tempo todo, e eu não sabia se reagia ou não, então depois do banho, eu pedi a ela:

- Pode me dar licença para eu poder me trocar?

Ela respondeu: - Está com vergonha? Anda logo e troca de roupa, vou ficar aqui olhando.

Comecei a me trocar, e ela ficava me olhando e dizia rindo:

- O cliente irá passar bem, pena que eu tenho nojo de você se não eu tiraria um proveito também antes dele.

Coloquei a roupa, penteie meu cabelo, e depois pedi a ela:

- Será que eu posso tomar um café da manhã, fiz tudo o que você pediu.

Ela respondeu séria: - Não.

Eu já não tinha mais nada a perder, e fui para cima dela pois eu queria morrer mesmo, essa seria a chance dela me matar, mas foi em vão, ela me deu um tapa na cara e depois deu dois tiros para cima e disse:

- Está pensando que é arma de brinquedo? Não adianta, eu não vou te matar, você vale ouro.

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