Antes que qualquer um de nós nos déssemos conta, Loreynne sacou sua varinha, os olhos transbordando petulância e fúria. Tento avançá-la, e os braços de Guilia me retém. Os sonserinos se afastaram e, finalmente, Alexandra percebera o risco que correra. Ela mal teve tempo de contornar a língua por todo o lábio superior, e um lampejo sobressaltou as luzes dos archotes que, como um raio, percorrendo o corredor até a garota. Seu corpo arremessou-se para trás em um ímpeto que os olhos mal puderam acompanhar.
— Everte statum!
— Loreynne, não! — minha voz incendeu pela garganta, mas não consegui impedi-la, o abraço que me envolvia era forte demais.
O silêncio zumbiu, atordoando-nos, e nem mesmo o grito de Alexandra fora ouvido, — isto é, se é que ele realmente conseguiu se evadir pela garganta —. Por entre os alunos da Grifinória, o corredor fora se abrindo, e o corpo de Alexandra voou entre eles. Parou, apenas, ao deparar-se com o peito de Rúbeo, e ele a segurou para que não despencasse. Alexandra perdera a consciência instantaneamente.
Meus olhos fitam os pés de Rúbeo e regressam pelo chão, quando ouço um delicado tinido de algo que caiu. Entre Loreynne e eu, lá estava a sua varinha de choupo-branco. Segurando-a pelos pulsos, porém, lá estava Tom Riddle, as sobrancelhas franzidas no meio da testa, os olhos sérios e ásperos.
— Solte-me! Ela a machucou, ela machucou a Michell — ralhou, lastimosa.
Tom permanecera sério, empedernido, no entanto, quando se alterou, embate causou ao meu corpo que instantaneamente se arrepiou. Meus olhos saltaram e meus lábios se entreabriram com uma lufada. Ele a abraçou. Aconchegou Loreynne em seu peito e a abraçou. Os braços dela agarram-no pelas vestes, e ela chorou.
Sem chão.
Minhas pernas tremeram e, por um segundo, senti-me presa em algum tipo de sala, sem teto ou chão, cujo as paredes se aproximavam, fechando, como se quisessem me esmagar. Sempre tão frio; tão distante. Agora, seus braços estavam ao redor de minha amiga. O embate deixara-me tão imóvel quanto Michell. Eu viro o rosto para escapar daquela cena.
— Que está acontecendo aqui? — Os olhos aturdidos de cada um de nós foram dirigidos ao final do corredor, onde surgira os professores.
Rúbeo levantou o corpo desacordado de Alexandra e, de quebra, as algazarras pareciam não terem explicação alguma. Entre o corpo docente, eis que surge professor Dippet. Guilia soltou-me, finalmente, e eu me coloco à frente da situação.
— Um mal entendido, senhor —, ele se aproximou. — Um grande mal-entendido. Não sabemos, ao certo, que aconteceu...
Os olhos azuis pairaram sobre mim, arrancando-me as desculpas esfarrapadas, e este inclinou-se sobre o corpo imobilizo de Michell.
— Madame Vitally, por favor, prepare uma maca para a senhorita Diggory e — virou-se sobre os ombros — outra, para a senhorita Foundric.
Madame Vitally encarou-me, antes de seguir para as escadarias.
— Monitores, levem seus alunos para os dormitórios. Senhoritas Pentagron, Pewehall, Petiwysk e Antares, vocês devem ficar. Senhor Riddle, senhor Snyde, vocês também.
Professor Dumbledore se apresentou para nos guiar até a ala hospitalar, enquanto os demais professores amontoavam-se sobre Dippet, afim de saber que é que havia ocorrido com a garota.
Rúbeo era o único grifinório — e terceiranista — junto de nós, e tomou a frente para repousar Alexandra na maca, assim que chegamos à ala hospitalar.
— Quem atacou a senhorita Foundric? — Perguntou o professor Dumbledore intransigente ("Episkey" Madame Vitally cuidava de Alexandra na maca atrás dele).
VOCÊ ESTÁ LENDO
Hogwarts Myster - o Herdeiro de Slytherin Vol. 01
FanfictionAnnellyze nunca havia ouvido falar em uma câmara secreta até o momento em que encontrou o PRIMEIRO ALUNO imoto. Aparentava um transe compulsivo pela fenestra escura que espelhava seus olhos esbugalhados e mofinos. Depois de cinco anos pacatos em Hog...