Capítulo 29 - Victoria

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O destino tem um jeito engraçado de traçar os nossos caminhos, às vezes parece que ele gosta de brincar com nossas escolhas, outras vezes tudo que acontece tem um propósito, seja triste ou feliz, ele sempre sabe o que está fazendo

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O destino tem um jeito engraçado de traçar os nossos caminhos, às vezes parece que ele gosta de brincar com nossas escolhas, outras vezes tudo que acontece tem um propósito, seja triste ou feliz, ele sempre sabe o que está fazendo.

Isso está acontecendo comigo, ontem eu era uma garota de dezesseis anos sem expectativas de uma vida melhor, que tudo se resumia a me mutilar para absolver a dor na qual sentia e a solidão que era minha vida.

Mas tudo mudou, o motivo disso?

Daniel Clarke.

Um garoto que entrou na minha vida como um furacão de emoções, me fazendo questionar se minha única salvação era me entregar eternamente a escuridão. Mas não, ele foi uma luz no fim do túnel me estendendo a mão sempre que a escuridão queria me engolir.

Hoje com dezessete anos completados, que pela a primeira está sendo comemorado ao lado de pessoas que me amam. Com um sorriso emocionado em meio às lágrimas que insistem em escorrer pelas minhas bochechas, encaro as pessoas mais importantes da minha vida cantando parabéns.

Meus olhos correm pela sala da casa que estou morando com Daniel e sua família. Luíza e Lorenzo estão lado a lado me encarando com um sorriso no rosto ao cantar parabéns, lhes dou um sorriso e sem esconder a emoção Luíza deixa suas lágrimas escorrer livremente pelo seu rosto. Ao seu lado está uma Clarisse igualmente emocionada e Matteo ampara o corpo trêmulo pela a emoção de sua namorada.

Sim, eles estão namorando.

Depois de muitas dificuldades e uma grande ajuda do Daniel, eles finalmente se resolveram a pouco mais que cinco meses, são um casal muito apaixonados um pelo o outro.

Meus olhos continuam correndo pela a sala gravando cada emoção das pessoas presentes. Encontro um olhar de avó da dona Beatrice, que me acolheu como uma neta, sempre me apoiando e cuidando com carinho de avó, a mesma disse que era para chamá-la assim, esse foi um outro dia muito especial para mim. O dia que ganhei uma avó.

Ao seu lado encontro Roberta, minha psicóloga, um sorriso orgulhoso me cumprimenta, ela sabe o quanto eu evolui no tratamento durante esses meses que se passaram. Não foi fácil, mas tudo se torna um pouco melhor quando se tem o apoio das pessoas que se ama. Às vezes tenho leves recaídas, sinto uma vontade de recorrer às lâminas, mas ela diz que isso é fruto dos traumas do passado, e não porquê sou fraca. Pelo o contrário, ela diz que sou uma guerreira. Como Daniel e meus pais sempre dizem a cada momento que eu penso que não sou capaz de algo.

Meus pais.

Meus lábios se curvam em um enorme sorriso, os encontro parados a poucos metros de mim. Minha mãe se apoia em meu pai com tamanha emoção, a emoção está duplicada pelo seu estado, sua mão está em sua barriga protuberante, de certo meu irmão deve estar animado chutando sem parar, como um jogador de futebol, igual o papai coruja insiste em falar. Ela está grávida de seis meses do pequeno Miguel que cresce protegido em seu ventre.

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