HISTÓRIA NÃO REVISADA
➜ +16 • A história aborda violência (física e psicológica), bullying e automutilação.
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Às vezes tudo o que precisamos é de um rec...
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— Mãe está demorando demais — passo as mãos pelo o cabelo frustrado por ter deixando a Victoria no quarto sozinha com Alyssa.
— É normal querido, elas precisam conversar, Victoria precisa se livrar um pouco desse peso em seus ombros que eu percebi apenas em olhar para ela — diz com cuidado e para na minha frente me impedindo de continuar andando.
— Eu sei — suspiro inconformado.
— Vai demorar ainda querido, vamos para casa um pouco e depois voltamos para o hospital, o que acha? — acaricia meu rosto.
— Tudo bem mãe — concordo com pesar e olho mais uma vez para a porta do quarto antes de caminhar para longe com a minha mãe ao meu lado.
Passamos pelo o doutor Carlos que meneia a cabeça em cumprimento antes de voltar sua atenção para a enfermeira que lhe mostra um papel. Continuamos a caminhar em silêncio até o meu carro, sei que minha mãe quer falar algo, mas está respeitando meu momento de aflição.
Destravo o carro e entramos, por um momento paro com a chave na ignição com receio. Sinto um toque na minha mão e encontro os olhos preocupados da minha mãe.
— Vai ficar tudo bem com ela meu filho — diz com carinho entendendo meu receio em deixar o hospital.
— Espero que sim mãe — concordo e coloco o carro em movimento antes de continuar a falar — Como está o pai? — resolvo mudar de assunto.
— Queria vir junto, mas não podemos deixar o restaurante sozinho por enquanto, mas assim que possível ele vem te ver filho — conta com um pequeno sorriso nos lábios por falar do meu pai.
Sempre é assim, desde pequeno eu e minha irmã presenciamos o amor deles. Realmente é algo lindo de se ver, o apoio mútuo de casal, sempre caminhando juntos e não deixando os problemas do dia a dia os afetar. Mesmo depois de tantos anos de casados parece que a cada dia o amor deles aumenta, sempre pensei em viver algo assim, agora será possível depois que conheci a Victoria, só me resta ela aceitar que eu faça parte do seu futuro.
O caminho é percorrido em silêncio, minha mãe sabe que estou quase no limite, tudo isso que aconteceu com a Victoria apenas piora meu estado, saber que foram seus pais que lhe causaram isso acabou comigo.
Que tipo de pais maltratam a filha desse modo?
Queria ser ingênuo e pensar que isso não acontece nos dias de hoje, apenas muitos não conseguem ajuda igual a Victoria.
— Seu amigo irá vir para estudar em Nova York — Minha mãe quebra o silêncio.
— Quem? — pergunto e olho por um instante quando paro no sinal vermelho.
— O Matteo, aquele seu companheiro que viviam se metendo em enrascadas — resmunga mas não perco o carinho em sua voz ao se referir a Matt.
— Mãe não eram enrascadas, apenas umas corridas bobas — dou de ombros quando coloco o carro em movimento.