Capítulo 3 - Victoria

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*Capítulo Revisado*

Poucos minutos depois que o garoto sumiu o professor chegou com o seu costumeiro mau humor

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Poucos minutos depois que o garoto sumiu o professor chegou com o seu costumeiro mau humor. Senhor Parker já era conhecido por ser um carrasco ao ministrar a matéria de matemática, mas nessas aulas por incrível que parece me faziam sentir bem, acho os números e suas diversas combinações e resultados fascinantes. Após murmurar um bom dia seco ele começa a falar sobre equações de 1° grau.

Meus olhos me traem ao seguir em direção a porta novamente e mais uma vez desde que o vi a poucos minutos meus pensamentos são preenchidos pela a dúvida de quem seria aquele menino.

Com raiva balanço a cabeça para dispersar esses pensamentos, até parece que um garoto como aquele olharia para uma garota igual a mim. Então na adianta nada eu descobrir quem é ele. Mas deve ser algum aluno novo. Me sinto confusa ao sentir algo como melancolia ao pensar que ele não olharia para mim.

O que estou pensando?!

Não posso gostar de ninguém, nunca serei boa o bastante para alguém.

Uma bagunça começa, olho para a porta e o grupo de populares entram fazendo sua bagunça de sempre. Eles se acham os donos da escola, que podem fazer tudo que não serão punidos por seus atos. O professor Parker aprofunda sua carranca ainda mais quando os vê, pede silêncio e ele fingem que não escutaram. É preciso uma ameaça para que eles entrem logo e se sentem eu seus lugares.

Mas ao passar por mim não deixam de me humilhar como fazem todos os dias, afundo na cadeira com medo e fixo meu olhar amedrontado em meu caderno gasto pelo o tempo.

"Olha esse moletom velho, parece que só tem ele."

"Nossa eu tenho nojo dela."

"Menina estranha, tanto é que se chama Vic a mendiga."

"Nossa ela parece uma morta de fome."

"Nem seus pais suportam ela, afinal quem suporta não é mesmo?"

Risadas seguem suas piadinhas, lágrimas de dor e sofrimento escorrem pelo meu rosto. Já devia estar acostumada, isso não começou ontem nem antes de ontem, e sim a anos. Anos de humilhações e ninguém ligar para o que acontece comigo, anos escutando as mesmas coisas, anos sentindo a mesma dor ao ouvir cada piadinha maldosa sobre mim ou sobre em como meus pais não se importam comigo.

O professor pede silêncio mais uma vez, mas eles não param, e as lágrimas continuam a escorrer pelo meu rosto a cada risada deles. Pego minhas coisas e guardo dentro da mochila, ao perceberem o que estou fazendo começam as fazer mais piadas e isso arranca risada da turma inteira. Que apesar de não brincarem comigo igual os populares, eles sempre ri quando algo acontece. Ninguém nessa escola gosta de mim.

Levanto e saio correndo da sala, suas risadas e o grito de raiva do professor os dizendo para irem para a diretoria me persegue até que eu vire no corredor no qual se chega ao banheiro. As lágrimas ainda escorrem sem parar pelo o meu rosto, com a visão nublada por elas entro no banheiro e para meu alívio não tem ninguém.

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