Capítulo 18 - Victoria

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Abro os olhos lentamente e me sinto um pouco zonza, a claridade do quarto fere meus olhos o que me faz fechá-los novamente

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Abro os olhos lentamente e me sinto um pouco zonza, a claridade do quarto fere meus olhos o que me faz fechá-los novamente.

— Daniel — balbucio seu nome em esperança que ele esteja no quarto.

Os acontecimentos antes de me entregar a medicação que me aplicaram invadem minha cabeça. Abro os olhos mais uma vez e eles se fixam na mulher sentada em uma cadeira ao canto do quarto. Deveria sentir medo, afinal, não conheço ela, mas seus olhos ao me encarar me trazem a sensação de paz e conforto.

— Aonde está o Daniel? — pergunto com angústia.

Queria que ele estivesse aqui ao meu lado quando acordasse. Tenho que medo que se ficar longe dele eu não consiga ser forte igual  me disse várias vezes agora a pouco, pelo menos eu acho que se passou pouco tempo desde que aplicaram a medicação.

— Ele está ali fora com a mãe querendo ver você, mas eu pedi um minuto a sós para poder conversarmos um pouco Victoria — sorri gentilmente e se levanta da cadeira caminhando até mim com calma.

— Quem é você? — pergunto com a voz rouca e sinto minha boca seca.

Sentindo meu desconforto a mulher caminha até o pequeno filtro de água no outro canto do quarto e enche um copo descartável. Volta até mim e estende o copo com cuidado, tento o pegar mas sinto meu corpo fraco.

— Deixe-me te ajudar querida — diz com carinho e ergue minha cabeça um pouco antes de encostar o copo em meus lábios.

Ao sentir o líquido fresco em minha garganta seca me sinto melhor, quando termino de beber com a sua ajuda ela deita minha cabeça com cuidado no travesseiro e joga o copo no lixo ao lado da cama. Em todo esse momento de cuidado me senti protegida, essa sensação está sendo tão esmagadora que sinto meus olhos marejarem.

— Está com dor? — sinto a preocupação em sua voz.

— Não — balbucio e tento limpar as lágrimas que escorreram.

— Respondendo a sua primeira pergunta meu nome é Alyssa — abre um sorriso genuíno — Sou a psicóloga do hospital.

— A psicóloga — repito e minhas sobrancelhas se franzem — Você vai me ajudar?

— Você quer ajuda Victoria? — pergunta séria, mas seus olhos permanecem gentis.

— Sim, eu quero — respondo rápido sem dúvida ou receio, um certo par de olhos castanhos invadem minha cabeça me fazendo ter ainda mais certeza da minha resposta.

— Isso já é um grande passo querida — diz e me encara por um segundo como se estivesse perdida em memórias, seus olhos se tornam tristes de repente.

— Está tudo bem? — pergunto preocupada.

— Sim, estou bem — um sorriso triste se forma em seus lábios — Apenas me lembrei de alguém muito querida para mim que infelizmente faleceu, você me lembra ela um pouco.

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