Capítulo 15 - Daniel

8.4K 843 144
                                    

Assim que tenho a certeza que adormeceu abro meus olhos, espero que se acostumem com a escuridão no quarto apenas banhado pela a luz da lua

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Assim que tenho a certeza que adormeceu abro meus olhos, espero que se acostumem com a escuridão no quarto apenas banhado pela a luz da lua. Meu olhar segue até ela, minha ruivinha, deitada na cama dormindo com as feições antes marcadas pela a dor agora estão serenas.

Acordei no exato momento que Rose entrou para aplicar a medicação e trocar o soro, escutei um pouco a breve conversa delas mas achei melhor continuar fingindo que estava dormindo. Ouvir ela perguntar sobre mim a Rose me deixou em uma felicidade que mal posso controlar.

Minha preocupação com ela agora está a mil, não consigo controlar a raiva que sinto das pessoas que fizeram algo com uma menina tão linda e especial como a Victoria. Quando estava vindo ao seu quarto depois de muito pensar se iria ou não sabendo que ela poderia me expulsar mais uma vez, esbarrei com o médico dela. Com apenas um olhar ele confirmou o que eu não queria acreditar.

Foram seus pais.

As pessoas que deviam lhe proteger e dar amor fizeram isso com ela. Levaram sua filha a parar no hospital por causa de seus atos cruéis. Quando entrei novamente aqui, meus olhos sem me controlar seguiram ao seu braço marcado com finas cicatrizes que surgiram das lâminas. Ver aquilo em seu braço me causou dor, dor por ela ter encontrado alívio de outro modo.

Suspiro.

Me levanto da cadeira e ando em direção a cama, a coberta escorregou durante sua agitação quando Rose chegou. A noite está fria, com cuidado cubro seu pequeno corpo. Sem que eu possa me controlar beijo suavemente sua testa. Apenas com esse breve contato encontro uma paz na qual nunca tinha experimentado. A paz de ter encontrado a menina que vai estar no meu futuro.

Meu celular começa a vibrar no meu bolso, com relutância me afasto dela. Com o celular em mãos e nome da Clarisse piscando na tela sigo até a porta. Olho mais uma vez para ela dormindo antes de sair e atender.

— Oi maninha o que houve?

— Me desculpa Daniel, ela ficou me pressionando e acabei contando tudo. — diz tão rápido que quase não entendo.

— Quem Clarisse? — pergunto assustado.

Por um breve segundo imagino a mãe dela, mas logo trato de expulsar esse pensamento. Não teria como eles saberem sobre nós dois a ponto de ir até minha casa. E aquela mulher não merece ser chamada de mãe.

— A mamãe. — murmura com medo.

— O que disse? — passo as mãos pelo cabelo preocupado.

— Ela está vindo agora para Nova York. — diz tão baixo que quase não a escuto.

— O que?

Minha mãe vindo até aqui?

Isso não podia acontecer agora, não tenho medo da minha mãe tratar mal Victoria. Minha mãe não é assim, mas se a Clarisse tiver falado algo sobre mim e a Victoria ela vai forçar demais, não quero que minha mãe deixe a ruivinha assustada perguntando sobre nós dois.

Um Novo Recomeço (Único) | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora