Saio do quarto transtornado pelo o jeito que ela me tratou. A sua frieza me surpreendeu e me deixou triste. Confesso que esperava outra reação por parte dela, quando a enfermeira veio me avisar que ela acordou não pude conter minha alegria. Afinal, ela estava desacordada a seis horas para nossa preocupação. Clarisse ficou a todo momento ao meu lado.
Tudo que eu queria era que minha ruivinha acordasse, sim minha e não vejo de outro modo. Mesmo depois de tudo que o médico me contou não mudou nada do que sinto por ela, aqueles sentimentos confusos nos quais sentia descobri ser por eu estar gostando dela.
O seu jeito tímido e misterioso me deixou fascinado, tem algo que me puxa até ela. Ela tem muitos segredos, sejam eles por motivo de estar toda machucada daquele jeito ou por ela se mutilar.
Saber que ela faz isso me deixou em estado de choque, naquela hora que Clarisse me mostrou a lâmina não quis acreditar que ela realmente utilizava ela. Não sei os motivos que levam a uma pessoa infringir isso a si mesma, mas não julgo por achar que ela deve ter todos os seus motivos.
Chego na sala de espera do hospital e Clarisse está a minha espera ansiosa, ao me ver vem até mim quase correndo.
— Como ela está? O que você está fazendo aqui e não com ela? Se você tiver tratado ela mal vou te bater! — me bombardeia antes que fale algo.
Minha Victoria tem uma fiel escudeira. Isso me trás conforto, sinto que ela precisa desse apoio sem pressão.
— Calma — levanto meus braços em rendição —, para te contar a verdade eu que fui expulso do quarto por ela.
Ao final da fala minha voz some e minha irmã franze a testa confusa.
— Como assim expulso? Por que ela faria isso?
— Não sei Clarissa, não sei. — respondo frustrado.
— Calma irmão. — coloca a mão no meu ombro.
— Foi tão difícil lidar com o jeito que ela me tratou. Como se eu fosse o inimigo dela.
— Dan...
— Não Clarissa eu só preciso de um tempo.
Me afasto dela e ando até a saída, preciso só de um tempo para pensar como disse para Clarisse. Respiro fundo e olho para o céu que hoje está nublado indicando que irá chover em breve. Passo as mãos pelo cabelo e me sinto frustrado, mas agora tento repassar a conversa na minha cabeça.
Quando entrei ela me olhou surpresa por um momento antes de virar o rosto envergonhada, depois veio a frieza, mas em alguns momentos ela não olhava para mim. Como se me tratar daquele jeito fosse difícil, então ela apenas me afastou.
O sorriso que abro é tão grande que poderia causar inveja ao coringa. Ela é afetada por mim, não tem outra explicação.
Não adianta me afastar ruivinha, não vai se livrar de mim tão fácil assim!
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Um Novo Recomeço (Único) | ✓
Roman pour AdolescentsHISTÓRIA NÃO REVISADA ➜ +16 • A história aborda violência (física e psicológica), bullying e automutilação. ➜ TODOS OS DIREITOS RESERVADOS | Não permito que façam adaptações ou a utilize para outros fins. Às vezes tudo o que precisamos é de um rec...