17 sem culpas .

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   Olá bom dia, muito obrigada por estarem me acompanhando e pelos comentários 😍

Segue nosso capitulo ...

— Estou aqui mãe, pode guardar as armas. – a voz de Antony ainda sonolenta me desperta.

— Meu bebê, como abandona a mamãe assim? — o tom de voz de dona Amália se torna suave e amoroso. Ela abraça o filho e o enche de beijos. E fico ali parada como simples telespectadora de uma novela da qual nunca fiz parte.

Antony se desvencilha de seus braços e se aproxima de mim.

— Tudo bem? Você parece um papel de tão pálida. – Apenas balanço a cabeça com sinal positivo.

— O que houve Margarete? O gato comeu sua língua? Até agora não ouvi sua voz, querida. – ela se vira para mim com um tom menos grosseiro.

— Bom dia mãe. Como a senhora está? — me dirijo a ela tentando ser cordial.

— Estou bem, mas você, minha filha está um trapo. Tem razão de não encontrar um namorado, toda espandongada desse jeito. — passa a mão em seus cabelos platinados recém escovados, unhas pintadas de vermelho sangue e um terninho vinho impecável, sempre tentando mostrar sua superioridade.

— Acabei de acordar mãe. Vem, vamos tomar café. – me dirijo para a cozinha sob o olhar compassivo de Antony.

Acabo de decorar o bolo com chocolate e morangos e preparo a mesa com pão de forma e frios.

— Tem razão de meu filhinho querer ficar aqui, você mima ele com esses doces. Lá em casa é tudo saudável, não comemos besteiras. — ela passa o dedo pela cobertura e leva a boca.

— De vez em quando não faz mal, mãe, e eu amo as guloseimas que a Meg prepara. — Antony se serve de um pedaço generoso de bolo e pisca pra mim em agradecimento.

— Você vai é acabar com sua saúde, além de ficar gordo e feio. – ela se serve de café e continua a examinar o ambiente em busca de algum defeito para criticar.

Me ponho a lavar a louça de costas para ela, evitando seu olhar desaprovador.

— Meg – Antony me chama — senta aqui, toma café com a gente — me puxa em direção à cadeira ao seu lado e me sento. — Este bolo tá delicioso, né, mãe? – ele tenta iniciar uma conversa amistosa, mas em vão, pois dona Amália se esquiva.

— Bom, se me derem licença, vou levar um lanche para meu acompanhante que me aguarda lá em baixo – ela parte um pedaço do bolo e pega a garrafa de café se levantando — Antony, arrume suas coisas, te espero, já passou muito tempo fora de casa – ela sai sem esperar resposta.

Meu peito se aperta de imaginar Antony indo embora, ele percebe minha angústia.

— Calma, não vou a lugar algum. Sou adulto, ela não tem autoridade sobre mim — ele me passa uma fatia de bolo. – Come, está muito bom, parece que adivinhou que estava com vontade.

Experimento mesmo sem fome devido aos acontecimentos. — Nossa, ficou bom mesmo, some na boca de tão fofinho.

— Foi feito com amor, maninha, e é isso que você é, só amor. Pena que nem todos possam ver. — enche a boca de bolo e prepara para se levantar falando com a boca ainda cheia. — bom, vou me trocar e ter uma conversa franca com dona Amália.

— Vai lá antes que ela volte, e acompanhada.

— Sem perigo, ela não traria o novo um namorado aqui. – ele parece se arrepender do que disse, mas não se explica, apenas vai para o quarto.

Os Sonhos Que Ficaram Para Traz.Onde histórias criam vida. Descubra agora