Os Sonhos Que Ficaram Para Traz.

14 Deixe o passado .

oiii desculpa a demora

😰😰

Tenho a sensação de que tivessem jogado um balde de água fria em minha cabeça. Como não se lembra de mim? Fico sem chão, não que me julgue inesquecível, mas me tratar de desconhecida é demais para mim. Antony percebe meu desconforto.

— Gente, vamos nos sentar, assim podemos conversar mais confortáveis. — seguimos para mesa. Alan repete a pergunta:

— De onde nos conhecemos, desculpe mas não me conformo de ter esquecido tamanha beleza. – sei que ele está tentando ser educado, demoro para formular a resposta.

— Estudamos na mesma faculdade. Você estudou relações públicas na UFS. Estou certa?

— Sim estudei, foi uma época complicada, tive alguns problemas, que me obrigaram a fazer outras escolhas, risquei essa página quando optei por advocacia.

— Entendo.... Antony nos interrompe.

— Se importam se eu sair? Preciso buscar uma pessoa, volto rápido – Tony sai, me deixando completamente constrangida com a presença de Alan. Tenho tantas dúvidas e não sei se seria uma boa ideia começar com um questionário de perguntas, já que ele diz não se lembrar de mim, mas esse risquei essa página não me desce.

Para meu alivio, vejo Ange se aproximar. — Olá, atrapalhamos algo? – ela sorri cheia de intenções, rapidamente me levanto e começo as apresentações.

— Alan, está é Ângela minha amiga, e seu namorado Bruno — eles apertam as mãos e se sentam, percebo que Ange está pronta para soltar uma de suas pérolas, e como conheço minha amiga sem filtro nenhum, me preparo mentalmente para o que vem.

— Fico feliz de conhecer você, Alan. Antony, ele falou muito bem de você. — ela me encara, e estremeço. — E pelo que percebi ele tinha toda razão, você e Meg formam um belo casal. – sinto meu rosto em chamas. Mas Bruno resolve dar o ar da graça.

— Por favor Ângela, olha o constrangimento, pense para falar, você não é mais uma criança, não pode dizer o que vem na boca. – Ange abaixa a cabeça e a minha vergonha dá lugar a um ódio. E me vem um desejo de apertar o pescoço do imbecil, mas Alan se antecipa.

— Não penso assim, admiro pessoas que falam o que pensam, são honestas, dignas de confiança. Agora aqueles que pensam muito para falar, só dizem aquilo que queremos ouvir, são vazios e sem personalidade. Desse tipo de pessoa prefiro manter distância. E fico até lisonjeado de acharem que combino com uma moça tão bela como Margarete.

Escutar Alan falando dessa forma, defendendo Ange, enche meu coração de esperança, ao ver que ele não mudou, continua o homem incrível que conheci. Melhor ainda é ver Bruno sendo colocado em seu devido lugar. O escroque pega o celular e começa a mexer, como se nada tivesse o afetado.

Me sinto tão feliz, engatamos uma conversa animada e Ange conta da minha demissão — Ela podia processar o jornal, não acha Alan?

– Pelo que entendi, foi Margarete quem pediu demissão, mas se ela tiver testemunhas de que era coagida ou agredida verbalmente, podemos estudar o caso.

— Não quero confusão, para mim isso é página virada.

Alan concorda. Mas no mesmo instante muda, acompanho seu olhar e vejo Antony chegar com Larissa, que traja uma saia colada verde de paetês, e uma blusa frente única Pink da mesma cor das mechas do seu cabelo, e para completar ela tenta se equilibrar em uma sandália de salto quinze dourada.