22 Falta alguém.

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Oiiii, vamos seguindo.

Obrigada por estarem me acompanhando e o carinho nos comentários 😊

— Tudo certo? – Antony indaga assim que entro.

— Sim, só cansada mesmo, é longe e teve um contratempo na pista.

— Acidente?

— Parece que um carro acertou a traseira de um caminhão, mas nada grave, apenas um susto não houve feridos.

— Ainda bem. E as meninas?

— Ficaram na casa do pai, disseram que a mãe delas está ausente, parece que viajando. Quis me aprofundar no assunto, mas fiquei um tanto preocupada em parecer invasiva.

— Priscila é uma menina legal, mas está sofrendo muita pressão com tudo isso que está acontecendo entre seus pais, é visível em seu jeito, sempre na defensiva.

— Concordo, e você parece ter prestado muito atenção nela. - — ele fica sem jeito.

— Ela me lembra você Meg, querendo abraçar o mundo e cuidar de tudo sozinha.

— Não acho que seja só isso, mas de qualquer forma não envolva ela em mais confusões, ela já está muito perdida em problemas.

— Até parece que você não me conhece. Não costumo brincar com as pessoas, maninha. — sua vos sai num tom ofendido.

— Nunca diria isso, só que ela está muito sensível com a separação dos pais e a responsabilidade com a irmã, é muito peso. Ela precisa aprender a lidar com isso primeiro para depois quem sabe se envolver com alguém.

— Não vou nem comentar, não quero discutir. Mas se me lembro bem, você vivia fazendo o contrário de tudo isso. —sinto meu rosto queimar, pois sei que ele tem razão. Sempre procurava estar com alguém para camuflar meus problemas, mas hoje sei que isso foi um erro.

— Nosso caso era diferente, nossa mãe pode ter errado comigo, mas nunca abandonou vocês pequenos, e também papai foi um poço de amor, estivemos sempre em primeiro lugar na vida dele.

Vejo uma mochila em cima do sofá. — Você vai viajar?

— Ah é, esqueci-me de comentar, vou passar uns dias com a mamãe, preciso buscar umas roupas e uns objetos que estão fazendo falta.

— Pensei que só ia no domingo.

— Na verdade estou apreensivo com a relação da mãe com aquele homem, não confio nele.

— Tudo bem, melhor você dar uma incerta mesmo, ela é cheia de si, mas quando se trata de homens, dona Amália perde o chão. — ele se volta pra mim, já de pe.

— Você vai ficar bem?

— Claro, são só uns dias. Eu também sempre morei sozinha, né? — tento ser mais tranquila possível mesmo sabendo que vou sentir muita falta dele. — Que horas você vai?

— Amanhã cedo, se quiser te deixo na revista para entrevista, bom que tomamos café juntos na rua.

— Pode ser, saímos às sete horas.

— Combinado. Boa noite.

Apenas aceno e vou me deitar.

Levanto cedo, Antony já me espera com mochila e os capacetes na mão.

— Vamos, se não sairmos agora você pode se atrasar.

— Claro.

— Que foi Meg? Parece tensa.

Os Sonhos Que Ficaram Para Traz.Onde histórias criam vida. Descubra agora