5 Depois de tanto tempo.

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Oiii. Hoje quero que vocês conheçam Carlos. Me digam esse sorriso não deixa qualquer uma sem chão.

 
Nossa em fim sexta feira! Semana pesada.

Só preciso terminar de revisar mais essa matéria e termina meu expediente.

— Meg, mais uma do Lacerda!

— Quem é Lacerda? - apesar desse sobrenome não me ser estranho.

— Doida é o cara que escreve os textos que você tem revisado a semana toda, parece que o novo queridinho da Simone.

—Nem prestei atenção. – olho no final da folha e está lá Carlos Lacerda. Não pode ser, isso deve ser apenas uma coincidência.

— Ange você já encontrou esse Lacerda aqui na redação?

— Não, ele envia as matérias por e-mail, mas parece que a cobra gosta muito dele. Entende ne?

—Me conta, por que a curiosidade?

— Nada, que é o mesmo sobrenome do Carlos, lembra dele?

— Claro, nem me fala. O maior arrependimento da minha vida, você ainda gostava dele e eu fiquei com ele mesmo sabendo dos seus sentimentos.

— Deixa pra lá, passou e nem na época fiquei triste, agora não faz diferença.

— Vou entregar essas pastas e já volto. – saio para sala da direção. Bato na porta e ouço a voz melosa.

— Entre, estava te esperando meu be...– ela para na hora que me vê entrando e me olha desdenhosa.

— Ah! é você. O que quer?

— Só vim trazer estas pastas, estou de saída.

— Pode deixar aí, depois vejo se ficou prestando, porque ultimamente você tem sido um fracasso. –Sinto meu rosto queimar.

— Deve ser porque só me manda textos fracassados, não faço magica sabia....

A porta se abre e me viro rapidamente, me chocando com uma parede de músculos que me segura firme perto do seu peito. Quase perco o ar quando meu olhar se cruza com aqueles olhos amendoados.

— Oi, me desculpe estava de saída. – minhas palavras saem falhas não esperava reencontrá-lo assim. Os cabelos num corte mal feito levemente esbranquiçado, a boca carnuda com o mesmo sorriso safado. E como está forte, não tem o mesmo encantamento de menino mas é ele, meu Carlos.

— Com licença. – saio pela porta totalmente perdida.

— Meg, espera Meg. – paro sem ação, ao ouvir ele chamar por meu nome.

— Espera, não acredito que não me conheceu.

— Desculpe estava nervosa, a Simone me tira do sério.

— E ela ás vezes é uma pessoa difícil. – ele sorri de lado e sinto uma pontada no meu peito.

— Bom não quero atrapalhar vocês, preciso ir mesmo.

— Calma é só uma reunião, me espera temos muito que conversar, nem acredito que te encontrei depois de tanto tempo, senti tanto sua falta. Você trabalha aqui?

— Sim trabalho, mas desculpe hoje não vai dar mesmo, tenho que ir. – nem sei porque estou falando isso a última coisa que queria e deixa-lo na sala com aquela sinha.

— Então me dá seu telefone, eu posso te ligar a gente marca alguma coisa.

— Pode ser.– digito meu número meio no automático.

Os Sonhos Que Ficaram Para Traz.Onde histórias criam vida. Descubra agora