Capitulo 12 - Primeira Chave.

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Desde que tinham escolhido um caminho e tinham sido separados de Lay, estavam a andar em linha reta. Parecia que o caminho de pedra não tinha fim. As paredes de cristal brilhavam graças á lua.

Sofia sentia que estava a andar á muito tempo. Max dizia que estavam a andar á pouco tempo.

A cabeça de Sofia estava confusa, como se estivesse a perder a noção do tempo e da realidade.

E Lay? Onde estava ela? Estaria bem? Voltariam a encontrar-se?

- Max? - perguntou Sofia.

- Sim?

Ela continuava a olhar para todos os lados enquanto perguntava:

- Quando achas que vai acontecer alguma coisa?

De repente ouviu-se uma pancada e a lua desapareceu e tudo ficou escuro. Via-se algumas partes das paredes de cristal que refletiam uma luz muito fraca que parecia que vinha de lado nenhum.

-  Agora. - disse Max.

Sofia parou de andar quando a lua desapareceu. Eles olhavam em volta á espera de ver algo diferente.

Depois, ouviu-se outra pancada.

E depois, mais uma.

E outra.

E outra.

Cada nova pancada parecia cada vez mais próxima! Sofia olhava para o sitio de onde tinha vindo e percebeu que era dai que vinham os barulhos.

Algo estava atrás deles.

- Foge. - disse Max.

Sofia não precisou que lhe dissessem isso duas vezes e começou a correr o mais depressa que podia.

Mal ela começou a correr as pancadas aumentaram o ritmo e pareciam aproximavar-se rapidamente.

Max olhou para as paredes, para ver pela reflecção a coisa que estava atrás deles. Os olhos de Max pareceram ficar maiores quando viu um par de olhos verdes brilhantes. Estavam longe, mas não tão longe como ele gostaria.

E ele sabia o que aquilo era.

- Continua a correr e faças o que fizeres não olhes para trás!

- Porquê? - perguntou Sofia, inclinando a cabeça para trás para ver o que vinha atrás deles.

Max apressou-se a pôr uma das asas na cara de Sofia para ela não ver.

- Continua a correr!

Ela continuou a correr com todas as forças. Ele estava em cima do ombro de Sofia e sentia-se péssimo por não poder fazer nada de útil. De repente, os dois viram uma luz ao fundo do túnel.

Literalmente.

O que parecia o final daquele estranho corredor, brilhava intensamente. Max e Sofia sorriram ao mesmo tempo.

Assim que chegaram ao local onde viram a luz, ouviu-se um grito sobrenatural.

Sofia sentiu um arrepio na espinha e ouviu as pancadas que os estava a perseguir, a irem-se embora...

A luz brilhava com uma grande intensidade onde eles estavam e mal conseguiam manter os olhos abertos. Mas dava para ver que a partir dali, o caminho dividia-se em dois.

- Qual deles? - perguntou Sofia, com uma mão á frente dos olhos.

- Não sei.

Ela olhou para os dois lados e disse:

- Vamos pela esquerda.

Assim que deram um passo em direção ao caminho da esquerda, a luz intensa desapareceu e a lua voltou a brilhar no céu completamente negro, dando-lhes luz suficiente.

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