Assim que a luz desapareceu, Sofia, Lay e Max viram que estavam num corredor de cristal e no final do corredor havia luz.
Não uma luz fraca, demasiado intensa ou florescente como as que eles tinham visto até ali. Luz serena e parecia mesmo verdadeira.
Será que era a saída?
- Aquilo é o que eu estou a pensar que é? - perguntou Lay.
Sofia não podia acreditar, será que tinham chegado ao final do Labirinto do Luar?
- Vamos? - perguntou Lay.
Max olhava para as duas raparigas, á espera de uma reação. Sofia olhou para as marcas de dentadas na mão esquerda e acenou com a cabeça.
- Vamos.
Ele olhou para os lados, ainda atento a possíveis perigos e elas foram em frente.
Á medida que se aproximavam conseguiam ver mais detalhes do que estava para além da saída. Um céu estrelado, uma lua em quarto minguante. Aquela era mesmo a saída.
Quando saíram, um alívio tremendo evadiu-lhes os espíritos. Todo o sofrimento e horrores que tinha passado tinham ficado lá dentro e para sempre lá ficariam. Ou pelo menos, por algum tempo.
O ar fresco entrou-lhes pelas narinas e foi ai que todos perceberam como o ar no Labirinto do Luar parecia viciado.
Sofia ficou surpreendida ao ver o Rio do Luar lá em baixo. Eles já estavam na montanha.
Havia umas escadas na frente deles que tinham sido cravadas na montanha mas alguns degraus pareciam que já tinham visto melhores dias. A escada ia e virava com a própria montanha e continuava até ás nuvens que já não pareciam tão altas assim.
Eles olharam para a frente. Um portão de ferro negro, bastante alto, estava na frente deles. Dava por ver que por detrás das grades havia escadas que subiam com a montanha até ás nuvens.
Os Portões das Nuvens...
Tão gélidos, tão negros, tão...
Nem Sofia nem Lay tinham as palavras para descrever a escuridão, tristeza e imponência que aquele lugar emanava.
Enquanto as raparigas olhavam para aquele lugar com fascínio, Max olhava para aquele lugar com um olhar de luto. Tanto tinha mudado, e ele sabia que podia ter feito algo para impedir Vanessa...
Mas não tinha feito nada de bom, só tinha feito tudo ficar pior...
Lay notou no ar cabisbaixo dele mas nada disse.
O portão de ferro negro estava trancado com um cadeado prateado. As raparigas não pareceram muito felizes com aquele cadeado de aspeto forte e de que ninguém lhes tinha falado.
Max deu um suspiro e voou para o chão, em frente ao portão.
- Eu trato desta parte.
Sem dizer mais nada, Max tirou uma chave prateada, muito pequena, de debaixo da asa.
Os olhos de Lay e Sofia arregalaram. Ele tinha tido sempre aquilo ali?!
Com o bico, ele agarrou na chave e pô-la na fechadura do cadeado, encaixava perfeitamente.
Max continuou sem dizer nada e virou a chave. O cadeado destrancou-se e caiu no chão.
Ele virou-se para elas e abriu uma asa, como se fosse alguém que está a convidar um amigo a entrar para dentro de casa.
- Vêm?
Sofia e Lay olharam uma para a outra e acenaram com a cabeça antes de irem para perto de Max para empurrarem o portão. O portão rangeu ruidosamente ao ser aberto, pela primeira vez em tantos anos.
Lay deu um passo mas depois virou-se para trás para ver a pequena chave no chão, perto do cadeado.
- Guardamos a chave? - perguntou Lay.
Max acenou negativamente com a cabeça.
- Não vale a pena.
E sem dizer mais nada, ele voou para o ombro de Sofia que olhava para ele com preocupação.
- Max?
Ele olhou para Sofia e disse:
- Eu estou bem. É só... O passado a voltar todo ao mesmo tempo...
Lay aproximou-se de Max e Sofia e disse:
- Vamos.
E uma sombra continuava a segui-los, sem que ninguém se apercebesse da sua presença.
-----------------------------------------------------
Desculpem pelo cap. pequeno mas isto tinha mesmo que acabar aqui ou estragava os meus pobre planos para o próximo cap!
Eu prometo que o próximo será grande!
Dedicado á Maluca99 pelos comentários e porque já era hora de eu fazer dedicações! xD
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Deusa da Noite
FantasíaUma vez que havia duas irmãs. A irmã mais velha fez o dia e a irmã mais nova fez a noite. Por muito tempo a sua função foi trazer a sua respetiva fase do dia e assim foi por muitos milénios. Mas a inveja começar a crescer na irmã mais nova que sente...