Capitulo 24 - Saída Atribulada

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Nem Sofia nem Lay conseguiam acreditar. Toda a vida, tinham imaginado como seria haver dia e a sua deusa e agora, ela estava mesmo á frente delas!

Cecília tinha os cabelos sujos e tinha um vestido branco sujo e rasgado.

- Há quanto tempo estás aqui? - perguntou Lay.

Ela encolheu os ombros:

- Desde que a Noite Eterna começou.

Max encolheu-se ligeiramente. De repente ele voou até Sofia e disse:

- Sofia! A mordida!

- Ah, pois!

- Que mordida? - perguntou Cecília.

Ela mostrou-lhe a mão esquerda. Cecília pegou na mão dela e soltou uma exclamação.

- Isto é o que eu estou a pensar? - perguntou Cecília, alarmada - Foste mordida por um Peixe das Mentiras?!

Sofia acenou afirmativamente com a cabeça.

- Uma coluna disse que uma deusa saberia o que fazer!

- Uma coluna? - perguntou Cecília.

- Longa história. - disse Lay.

Ela voltou a olhar para as marcas que de um momento para o outro começaram a ficar mais vermelhas e parecia mais que era uma ferida recente e não uma cicatriz.

- Sofia... - disse Cecília - Os efeitos ainda vão durar cinco anos. Vais estar segura, mas nas situações mais complicadas vais ter sarilhos que acho que já sabes...

Sofia engoliu seco.

- Já sei das situações.

Cecília olhou para as próprias mãos com insegurança.

- A Vanessa mantém-me as energias sempre em baixo para eu não poder usar magia e sair daqui, eu provavelmente vou desmaiar depois disto... Limitem-se a não se preocuparem comigo e continuarem a vossa jornada. - disse Cecília - Porque eu sei, que não vieram por mim. Vieram pela Vanessa.

Lay e Sofia baixaram os olhares.

- Não vos culpo. - disse Cecília, com um sorriso - Para além disso, a manobra de falar com a Vanessa primeiro é uma tática muito mais eficaz.

- Uhm... Posso fazer uma pergunta, antes de me curar? - perguntou Sofia.

- Claro. - respondeu Cecília.

- Como era o dia?

Cecília sorriu com a sensação de nostalgia.

- O céu era azul claro. O sol é como uma tocha colossal que ilumina metade do mundo. As cores viam-se com clareza, o sol trazia calor. Bem... era maravilhoso. Mas...

- A noite era menosprezada... - concluiu Lay - E não era justo.

Ela olhou para a Lay melancolicamente e disse:

- Exatamente.

Cecília voltou a concentrar-se na mão de Sofia e respirou fundo.

Uma luz iluminou a mão de Sofia e quando a luz desapareceu, a mordida do Peixe das Mentiras tinha desaparecido e Cecília colapsou nos braços dela.

Eles puseram-na no chão, o melhor que podiam e seguiram para o andar de cima. Para surpresa deles, um bando de guardas fantasmas estava ao virar da esquina.

- São eles! - disse um dos fantasmas - Apanhem-nos! As raparigas vão para fora, mas o pássaro têm de ser capturado!

- Eles sabiam que nós estávamos aqui?! - perguntou Lay, antes de começar a correr.

A Deusa da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora